Portugal e Finlândia pedem mais apoio europeu às PME - TVI

Portugal e Finlândia pedem mais apoio europeu às PME

Passos e primeiro-ministro finlandês assinam artigo no «Wall Street Journal» com várias propostas para facilitar financiamento

Os primeiros-ministros português e finlandês defendem, num artigo publicado no «Wall Street Journal», que a Europa deve dar mais apoio ao financiamento de pequenas e médias empresas (PME) e que esse apoio é essencial para promover o crescimento e o emprego.

O chefe do Governo finlandês, que visitou Portugal em abril deste ano, junta-se agora a Pedro Passos Coelho neste artigo, intitulado «Libertar as PME da Europa para o emprego», onde ambos assumem estar preocupados com o financiamento das PME.

«O desemprego, especialmente o desemprego jovem, é intoleravelmente alto na Europa, e a fragmentação financeira está a torná-lo muito pior. não podemos tolerar o desemprego causado por falta de financiamento e um ineficiente fluxo de capitais na Europa», escrevem.

Para os dois chefes de Governo, «problemas europeus requerem soluções europeias. perceber todo o potencial do mercado único financeiro é uma das tarefas mais urgentes, desde Portugal à Finlândia».

O objetivo de Passos Coelho e Jyrki Katainen é colocar o tema na agenda do Conselho Europeu, agendado para o final deste mês. Na prática, os dois primeiros-ministros propõem uma solução em quatro passos e uma das ideias é ultrapassar as deficiências do mercado único de serviços financeiros e isso passa pela concretização da união bancária.

Outro dos passos propostos é que as instituições europeias facilitem o acesso ao financiamento nomeadamente através do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do quadro plurianual financeiro da união.

Passos Coelho e o primeiro-ministro finlandês querem também abrir a possibilidade de «métodos inovadores» de financiamento como o acesso ao mercado de capitais. Ou seja, pretende-se que várias pequenas e medias empresas se possam unir para emitir obrigações conjuntas.

A ação dos dois chefes de Governo estende-se também a uma carta enviada aos presidentes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Conselho Europeu.
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