Rent-a-car: empresas perdem 1 milhão com nuvem vulcânica

O encerramento do espaço aéreo nos últimos dias devido à erupção do Vulcão Eyjafjallajokull espoletou uma crise no sector da aviação e das viagens como não há memória.

Também o sector de rent-a-car representado pela Associação das Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC) sofreu enormes prejuízos, os quais se avaliam neste momento em quase um milhão de euros nas empresas portuguesas.

A perda de receitas ficou a dever-se ao cancelamento de reservas e à não comparência de clientes que haviam reservado viaturas de aluguer sem condutor nas datas em que o espaço aéreo europeu se encontrou encerrado.

Foram cerca de 38.500 dias de aluguer que não foram efectuados e para os quais havia reserva.

As empresas do sector vêm-se agora confrontadas com mais esta situação, a qual veio agravar a situação de crise que o sector atravessa.

O sector representado pela ARAC entende que será determinante no ano em curso o alargamento da nossa base exportadora e a procura de novos mercados que valorizem o turismo português, pelo que se reitera o pedido ás entidades promotoras do turismo nacional no sentido da criação de grandes campanhas de promoção do destino Portugal.

Melhorar os estudos de mercado e o intercâmbio de prática idóneas, defender a inclusão prioritária do turismo nas medidas gerais de estimulação da economia, e promover o turismo como a nova «economia verde», são algumas das propostas da Organização Mundial do Turismo para que o sector possa responder da melhor forma aos tempos difíceis que se vivem.

Em Portugal deveremos investir em todo o nosso património turístico, desde o sol e praia ao turismo de cidade, passando pelo turismo de natureza e o turismo religioso, devendo a promoção turística em Portugal consistir num verdadeiro plano estratégico a médio prazo.

A actividade de aluguer de automóveis sem condutor (rent-a-car) é um sector com grande significado para a economia portuguesa e especial para o Turismo, representando em grande parte o produto turístico nacional, pois não podemos esquecer que é o primeiro e o último produto turístico utilizado por quem nos visita.

Vamos passar a uma atitude pró-activa e positiva, vamos ser optimistas, perseverantes, empenhados e profissionais.

Só desta forma poderemos começar a ultrapassar a crise estrutural há muito tempo instalada na nossa economia e convergirmos verdadeiramente, de forma efectiva e sustentada com a União Europeia.

(* Secretário-Geral da Associação das Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor)