Lisboa iniciou a sessão desta segunda-feira em alta, a contrariar a Europa mas já cai 0,42% para 4.443,65 pontos.
Os preços do petróleo nos mercados internacionais são a linha orientadora para os investidores esta manhã, numa semana em que os principais produtores de crude se encontram para tentar fechar um acordo que controle a produção, segundo analistas citados pela Reuters.
Ontem, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse acreditar que o mercado de petróleo se reequilibrará em 2017 mesmo que os produtores não intervenham, e que, por isso, manter a produção aos níveis atuais é justificado.
Uma incerteza que está espelhada no valor das ações da energia, com a queda das portuguesas a penalizarem o PSI20. A Galp desce 1,18% para 12,490 euros, seguida de perto pela EDP Renováveis, a cair 0,61% para 6,018 euros. Segundo a Reuters, a Renováveis também está a mexer em baixa depois do Haitong ter cortado o preço alvo da ação para 8 euros, de 8,2 euros, mantendo a recomendação de compra.
O banco de investimento reconhece que a instalação de nova capacidade da empresa poderá ser reduzida, mas sublinha que a pressão recente sobre as ações associada aos riscos regulatórios nos Estados Unidos, com a vitória de Donald Trump nas presidenciais, é exagerada, refere ainda a Reuters, citando o Haitong.
Mas Itália também está a criar tensão nos mercados. Com os investidores a recearem que o país entre num cenário de grande incerteza política se o primeiro-ministro pró-euro Matteo Renzi não conseguir ter o “ok” no referendo do próximo dia 4 de dezembro e se demitir.
É que Renzi prometeu abandonar o cargo de primeiro-ministro de Itália em caso de vitória do “não” no referendo do próximo dia 4 de dezembro. A meio da campanha voltou atrás com a palavra mas esta quinta-feira confirmou que não vai “ficar a pairar” no cargo em caso de derrota. A reforma constitucional que Renzi vai levar a votos prevê medidas como a perda de poder do Senado e a extinção de províncias.
A penalizar o PSI20 está ainda a Jerónimo Martins, que perde 0,4% para 14,795 euros.
Menos mal, a Pharol, a subir 0,55% para 0,182 euros, em dia de apresentação de resultados. No mesmo dia em que a construtora Teixeira Duarte também apresenta resultados do terceiro trimestre mas desce, no índice geral onde está contada, 4% para 0,166 euros.