Tudo aponta para que o resgate ao banco italiano Monte dei Paschi di Siena seja inevitável. Este que é ao mesmo tempo o banco mais antigo do mundo em atividade como o banco mais problemático de Itália neste momento.
A agência Reuters cita fontes que indicam que o banco não conseguiu fazer um plano de resgate privado, o que significa que o Estado terá de entrar em cena.
Ainda ontem, o Monte dei Paschi admitiu que está numa situação pior do que se esperava. Espera gastar cerca de 11.000 milhões de euros da liquidez que possui mais rapidamente do que o previsto, ficando sem liquidez dentro de apenas quatro meses.
Uma revelação feita ontem, dia em que as duas câmaras do Parlamento italiano aprovaram o pedido do governo para aumentar a dívida soberana em 20.000 milhões de euros, visando apoiar precisamente o setor bancário.
Ora, o Monte dei Paschi é o caso mais complicado e urgente para resolver. O cenário mais provável é que o Tesouro tenha de intervir para salvar este que é, atualmente, o terceiro maior banco do país.
A acontecer, o anúncio poderá ser feito ainda esta semana, antes do Natal. Isso não quer dizer que o problema fique resolvido no imediato. A imprensa italiana noticia que o resgate público poderá ficar concluído em dois ou três meses.
A banca italiana está a preocupar os investidores europeus, mas em Milão esta expectativa de resgate está a fazer a bolsa recuperar 0,6%. É, de resto, a única praça europeia em maré positiva.
A situação no Monte dei Paschi é uma das razões que explica o agravamento dos juros da dívida em Itália, que tiveram o pior desempenho deste ano na zona euro.