Exclusivo TVI: ministro das Finanças defende subida do salário mínimo de pelo menos 30 euros - TVI

Exclusivo TVI: ministro das Finanças defende subida do salário mínimo de pelo menos 30 euros

João Leão realçou que é importante que esta melhoria salarial acompanhe a retoma da atividade económica e apontou este ponto deve fazer refletir os partidos à esquerda

O ministro das Finanças defendeu, esta terça-feira em entrevista exclusiva à TVI, uma subida do salário mínimo nacional no próximo ano de pelo menos 30 euros. João Leão disse que o Governo quer melhorar "significativamente" os salários dos trabalhadores.

Nós queremos pelo menos que seja em linha com o do ano passado e no ano passado tivemos um aumento de 30 euros do salário mínimo [fixando-se nos 665 euros] e, portanto, procuramos pelo menos um reforço dessa dimensão no próximo ano", explicou. 

O ministro realçou que é importante que esta melhoria salarial acompanhe a retoma da atividade económica e apontou este ponto deve fazer refletir os partidos à esquerda, nomeadamente, o Bloco de Esquerda e o PCP. 

Além de valorizar os salários mais baixos, João Leão defendeu que se trata também de "dar um sinal ao setor privado para que aumente não só o salário mínimo, mas os restantes salários".

A valorização salarial dos trabalhadores é muito importante e isso faz uma economia robusta e saudável", referiu. 

No relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo garante que o salário mínimo nacional vai voltar a aumentar no próximo ano para chegar aos 750 euros em 2023.

O valor do salário mínimo é fixado pelo Governo, depois de ouvidos os parceiros sociais na Concertação Social.

Esta foi a primeira entrevista do ministro das Finanças após a entrega da proposta de Orçamento do Estado na Assembleia da República. 

Segue-se agora a discussão parlamentar nos próximos dias 22 a 27 deste mês, e, no caso de aprovação na generalidade do documento, no dia 28 começa o processo de especialidade. A votação final global está marcada para o dia 25 de novembro.

Recorde-se que, esta terça-feira, o Bloco de Esquerda e o PCP já fizeram saber que vão votar contra, caso a proposta se mantenha tal e qual como está. 
 

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