O ministro das Finanças, João Leão, disse esta terça-feira na apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano que "este é o orçamamento certo para os portugueses".
Sem descurar o rigor, o governante afirmou que o Governo está a aproveitar as margens orçamentais para pôr em prática uma série de medidas que permitiam aos portugueses ter mais rendimento disponível.
Conseguimos ter esta resposta ambiciosa à crise porque criámos condições financeiras de partida sólidas. Gostaria de deixar claro perante o país que esta recuperação assenta em bases financeiras sólidas que construímos ao longo dos últimos quatro anos e que nos deu margem para esta proposta firme que o país agora precisa. Estamos a aproveitar e aproveitaremos as margens de flexibilidade orçamental que temos nas regras orçamentais europeias, mas temos o dever de não colocar em risco a estabilidade e o futuro dos portugueses", afirmou.
Também agora não abdicaremos do rigor na gestão dos recursos que são de todos os portugueses, o rigor na gestão orçamental é decisovo, em particular numa situação de crise mundial e de elevada dívida pública", adiantou.
O ministro das Finanças disse ainda que o Governo não hesitará em proteger o rendimento das famílias e o emprego e que recusa a austeridade como resposta à crise.
Tal como temos vindo a fazer desde o início da crise pandémica, não hesitaremos na proteção do rendimento das famílias e no apoio às empresas para a manutenção do emprego. Não hesitaremos em lançar mão de medidas anticíclicas que ajudem a acelerar a recuperação da economia e consequentemente a recuperação do emprego e a melhoria dos rendimentos", disse.
Segundo o governante, a proposta que foi entregue esta segunda-feira à noite no Parlamento "não tem austeridade e não vem acrescentar crise à crise". De acordo com João Leão, o que orçamento para 2021 faz é apostar na "recuperação da economia e na proteção do rendimento dos portugueses" e do emprego, que assume ser a "preocupação central da política económica e orçamental".
Ao contrário do que aconteceu na anterior crise, "recusamos de forma clara o caminho da austeridade para responder à crise", afirmou.
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