Reversão da fusão da PT SGPS com Oi será difícil  - TVI

Reversão da fusão da PT SGPS com Oi será difícil

Portugal Telecom [Reuters]

Palavras do presidente do conselho de administração no dia em que os acionistas votaram sim ao adiamento da reunião magna por dez dias

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O presidente do Conselho de Administração da PT SGPS considera que a reversão do negócio da fusão entre a empresa portuguesa e a brasileira Oi será muito difícil, uma vez que já foi concretizado um aumento de capital.

«Qualquer cenário é possível, mas nós entrámos no aumento de capital da Oi, que inclui parte em espécie, parte em ações, em dinheiro, nomeadamente de acionistas estrangeiros. Portanto, a reversão do negócio do aumento de capital, que já está registado, tem aí imensas dificuldades», disse o presidente da PT SGPS, João Mello Franco, quando questionado sobre se reversão da fusão com a Oi é um cenário possível.

João Mello Franco reforçou ainda que «o problema é [perceber] se neste momento é possível reverter um aumento de capital que foi concretizado em maio».

«Não foi só a PT SGPS [que participou], mas também muitos acionistas estrangeiros. As coisas são como são e eu apanhei a empresa nesta situação», frisou.

A assembleia-geral da PT SGPS foi hoje suspensa com 90% dos acionistas presentes ou representados (50% do capital) e foi remarcada para 22 de janeiro. Para já, a ordem de trabalhos deverá voltar a ter como único ponto a aprovação, ou não, da venda da PT Portugal aos franceses da Altice.

No entanto, questionado sobre se a próxima AG poderá ter mais um ponto na agenda, João Mello Franco lembrou que para que tal aconteça pelo menos 2% dos acionistas terão de o propor. Já o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT fala num limite de 5%.

João Mello Franco confirmou ainda que a administração da PT SGPS vai disponibilizar informação sobre os impactos de uma possível anulação da fusão com a Oi.

A AG foi remarcada para daqui a 10 dias, 22 de janeiro, acrescentou, depois de alguns acionistas terem manifestado «preocupação com a realização de uma assembleia de obrigacionistas que vai haver no Brasil», a 26 de janeiro, «que tem a ver com toda a dívida da Oi».

«A dívida da Oi inclui também a dívida da PT Portugal, a partir daí a preocupação é deixar que o mercado esteja o mais tranquilo possível», disse, sublinhando que os acionistas é que decidiram.
 
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