Próximo aumento de capital do Banif será no mercado internacional - TVI

Próximo aumento de capital do Banif será no mercado internacional

Jorge Tomé

Diz Jorge Tomé

O presidente da Comissão Executiva do Banif - Banco Internacional do Funchal, Jorge Tomé, disse esta segunda-feira que o próximo aumento de capital social do banco será realizado no mercado internacional.

«Este aumento virá basicamente do mercado internacional, é o que vamos tentar fazer nesta última fase do ano. Falta-nos cerca de 137 milhões de euros, temos de tentar levantar esse dinheiro até ao final do ano», referiu no âmbito da iniciativa Invest Day que o Banif está a realizar em todo o país.

A primeira iniciativa teve lugar nos Açores, em Ponta Delgada, e hoje decorreu no Funchal. Na quinta-feira terá lugar em Lisboa e a 05 de novembro na cidade do Porto.

«Este encontro insere-se num conjunto de iniciativas que o Banif faz para se entrosar mais com a comunidade empresarial da Região e com os seus clientes», explicou.

Jorge Tomé salientou que «os bancos sofreram todos muitos ajustamentos de balanço (...)». E defendeu que «tudo depende da recuperação da economia portuguesa nos anos futuros. Se a economia vier a recuperar como nós esperamos esperamos que uma boa parte destes ajustamentos contabilísticos sejam recuperados no futuro».

Questionado sobre a razão pela qual um investidor deve investir no Banif, Jorge Tomé respondeu que o banco «está com o seu projeto de transformação e o objetivo é transformar o Banif num banco bastante rentável e bastante líquido».

«Estamos a qualificar muito os ativos do Banif e, depois, há, hoje, uma procura enorme pelo setor bancário a nível europeu por parte dos investidores internacionais porque sabem que os ativos bancários, na Europa, estão baratos».

Ao abrigo desta iniciativa do Banife, o ex-ministro da Economia, Augusto Mateus, proferiu uma intervenção subordinada ao tema «Economia portuguesa numa encruzilhada - Investimento e competitividade».

«Seria importantíssimo criar condições para enfrentar os problemas mais graves da economia portuguesa, que são exatamente os da competitividade, isto é, os da criação de riqueza que permite o investimento, que sustenta emprego, que desenvolve as regiões, que desenvolve o país e que o torna mais internacional», sustentou o economista.

A este propósito, Augusto Mateus chamou a atenção para o facto de que «nos próximos meses, vai ocorrer uma situação que é o início de um novo ciclo de fundos estruturais e uma situação económica onde há já um cheirinho a recuperação e a variável chave é investimento e não despesa, isto é, capacidade de melhorar aquilo que é a força das empresas pequenas, médias e grandes», defendeu.

Uma oportunidade, segundo o economista, «para criar riqueza de forma adequada às nossas expectativas, à nossa situação demográfica, aos nossos desejos e sonhos e às nossas dificuldades», concluiu.

A iniciativa do Banif reuniu cerca de uma centena de participantes entre empresários e membros do Governo Regional.
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