Juros da dívida de Portugal caem em todos os prazos - TVI

Juros da dívida de Portugal caem em todos os prazos

Dinheiro (Reuters)

O mesmo acontece com os juros em Espanha e na Irlanda

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Os juros da dívida portuguesa estavam esta sexta-feira a cair a dois, cinco e dez anos, acompanhando a trajetória dos juros da Espanha e da Irlanda.

Hoje, cerca das 09:44 em Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos caíam para 1,624%, contra 1,642% na quinta-feira. O atual mínimo histórico de sempre é 1,560% e foi registado a 13 de março.

A tendência a dois anos dos juros da dívida portuguesa negociados no mercado secundário era idêntica ao recuarem para 0,017%, contra 0,021% na sessão anterior.

Na quinta-feira, os preços para a emissão de dívida que tem maturidade a 15 de outubro de 2016, e que é utilizada como referência para a atual dívida soberana portuguesa a dois anos, tinha «uma yield (rendimento oferecido ao investidor) negativa», disse à agência Lusa o analista da IMF Filipe Garcia.

Sendo assim, a taxa de juro da dívida tocou na manhã de quinta-feira num valor negativo de 0,04%, o mais baixo desde a criação zona euro.

Tratou-se de títulos que estão a ser negociados entre os investidores e não emissões reais pelo Estado português.

Os juros na maturidade dos cinco anos, por sua vez, estavam também a cair, para 0,767%, contra 0,772% na quinta-feira.

A 09 de março passado, o Banco Central Europeu (BCE) arrancou com um programa sem precedentes de compra de dívidas soberanas e privadas, que vai permitir injetar 60.000 milhões de euros por mês, até, pelo menos, setembro de 2016, na economia da zona euro na esperança de a redinamizar.

Os efeitos do programa fizeram sentir-se por antecipação há várias semanas nas taxas de juro das dívidas soberanas, que evoluem em sentido inverso ao da procura e têm renovado mínimos diariamente. Algumas das taxas tornaram-se negativas nos prazos mais curtos, ou seja, os investidores estão dispostos a pagar para deter estes títulos considerados muito seguros.

A 17 de maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.
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