Na sua primeira reunião mensal deste ano, o Banco Central Europeu decidiu deixar tudo na mesma: as taxas de juros e os principais parâmetros do seu programa de compra de ativos. O mercado já antecipava que assim fosse.
"O Conselho do BCE continua a esperar que as taxas de juro diretoras do BCE permaneçam nos níveis atuais ou em níveis inferiores durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de ativos", que terminam em dezembro deste ano, lê-se no comunicado divulgado pelo BCE.
A taxa de depósito está em -0,40%. A principal taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, permanece em 0,00%, enquanto a taxa de empréstimo continua em 0,25%.
Mantém-se, portanto, um estímulo sem precedentes para ajudar a recuperação lenta mas constante do bloco do euro. Apesar de a inflação ter atingido um máximo de três anos no mês passado.
A atividade industrial está a acelerar e os indicadores de confiança também, o que indica um crescimento sólido no fim do ano passado, mas as preocupações do BCE mantêm-se. A subida da inflação foi para metade da meta de 2% do BCE e deve-se principalmente aos preços mais elevados do petróleo, ao mesmo tempo que o cenário básico para os preços continua fraco.
As bolsas europeias continuam em queda depois desta informação, mas Milão está agora em alta ligeira.
Os mercados agora voltam sua atenção para a entrevista à imprensa do presidente do BCE, Mario Draghi, daqui a pouco.