A diretora de recursos humanos da Adidas renunciou ao cargo na terça-feira depois de vários funcionários terem criticado o “fracasso” da empresa no que toca à diversificação da sua força de trabalho.
Karin Parkin sai da empresa numa altura em que um grupo de funcionários chamou o Conselho Supervisor da Adidas para investigar a sua estratégia em lidar com questões raciais no local de trabalho.
Parkin terá dito, no ano passado, durante uma reunião com funcionários na sede da Adidas Reebok, que a questão do racismo era "ruído", falada apenas nos EUA.
“Estou comprometida com os nossos objetivos de criar uma empresa mais diversificada, inclusiva e equitativa", afirmou Parkin, em comunicado, citado pela BBC.
“Embora tenhamos feito progressos em várias áreas, ainda há muito trabalho para fazer. No entanto, ficou claro para mim que seria melhor sair a abrir caminho à mudança”, acrescentou.
A sua renúncia é um dos movimentos corporativos que assume especial relevância nesta altura, uma vez que a morte do afro-americano George Floyd às mãos de um polícia branco em Minneapolis, no dia 25 de maio, intensificou a discussão sobre racismo e desigualdades em todo o mundo.
Parkin está a deixar o cargo com efeitos imediatos.