Portugal deve cortar salários, mas não como a China - TVI

Portugal deve cortar salários, mas não como a China

Krugman diz que referência de Portugal deve ser a Alemanha e que os salários têm de baixar face à referência europeia

O economista Paul Krugman defendeu esta segunda-feira que Portugal precisa de cortar salários 20 a 30% face à Alemanha, que serve de referência na Zona Euro. Mas não precisa de cortar salários para o nível da China, garantiu.

«Não é uma coisa boa, mas é inevitável», disse numa conferência de imprensa que antecedeu a cerimónia de outorga da insígnia de Doutor honoris causa pelas Universidades de Lisboa, Técnica de Lisboa e Nova de Lisboa, acrescentando que «infelizmente, Portugal tem um défice comercial elevado».

Krugman apontou o dedo aos «governos irresponsáveis» que Portugal teve, mas afastou o país da Grécia.

Questionado porque é que tomava a Alemanha como referência, uma vez que esse não é um dos concorrentes diretos de Portugal no mercado internacional, o Nobel da Economia de 2008 defendeu que a referência deve ser o «núcleo da Zona Euro» e não a China. «Portugal não precisa de baixar os salários para o nível dos chineses», afirmou.

Além disso, Krugman criticou a posição do BCE e do governo alemão perante a crise e aconselhou: têm de mudar de atitude.
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