Europa: ministra francesa «ideal» para o FMI - TVI

Europa: ministra francesa «ideal» para o FMI

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Christine Lagarde pode suceder a Strauss-Kahn na direcção do Fundo Monetário Internacional

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É o nome mais ouvido esta quinta-feira: Christine Lagarde, ministra das Finanças francesa, poderá ser a próxima a sentar-se na cadeira de director-geral do FMI.

Depois de, na prisão de Nova Iorque, Strauss-Kahn ter se demitido do cargo, por enfrentar acusações de agressão sexual, várias reacções se ouviram e o nome da governante francesa logo foi colocado em cima da mesa.

Primeiro foi o jornal economia Handelsblatt, que esta quinta-feira garante, citando fontes do governo de Angela Merkel, que Christine Lagarde é o nome favorito de Berlim e de Washington.

Agora, foi o próprio presidente do Eurogrupo classificou a ministra francesa como a «ideal» para o lugar.

«Aos meus olhos, ela seria a candidata ideal», disse Jean-Claude Juncker, na rádio francesa Europe 1.

Mais comedida é a chanceler alemã que esta tarde reafirmou, em Berlim, o seu apoio a um candidato comum europeu à presidência do FMI, mas sem adiantar nomes.

Merkel justificou a decisão com os «enormes problemas» relacionados com a crise das dívidas soberanas na Zona Euro. Reconheceu as ambições de países emergentes como a China e o Brasil a ocupar, pela primeira vez, a chefia do FMI ou do Banco Mundial.

Lagarde é considerada uma excelente especialista em matéria financeira e com a sua candidatura a União Europeia esperaria obter garantias quando a uma gestão eficaz da crise na Zona Euro.

No entanto, Berlim e Washington são claros: exigem que o futuro director do FMI não esteja envolvido em pleitos jurídicos.

A nomeação de Lagarde para dirigir o FMI só será possível se não for constituída arguida no chamado caso Tapie, em França.

Lagarde é acusada em Paris de abuso do poder, por ter alegadamente livrado o empresário francês Bernard Tapie de uma querela jurídica com o Estado, recorrendo a uma arbitragem civil.

Tapie ganhou o processo na referida arbitragem e o Estado teve de deixar cair as exigências apresentadas, o que gerou as acusações contra Christine Lagarde.

[Notícia actualizada às 19h25 com mais informação]
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