Desemprego: BE fala em «bancarrota social»

Para o líder do Bloco de Esquerda, Portugal enfrenta uma «bancarrota social», na sequência dos números conhecidos esta quarta-feira sobre o desemprego (a taxa agora está nos 12,4%).

Após um encontro com dirigentes da CGTP, em Lisboa, Francisco Louçã citou o memorando do resgate externo a Portugal, que indica um aumento de 150 mil novos desempregados ao número actual, que ronda os 700 mil.

A esses números, Louçã soma mais uma parcela de pessoas «desincentivadas», que não se inscrevem nos centros de emprego, com trabalhos de horários incompletos, jovens à procura do primeiro emprego e aqueles que frequentam formações sem perspectiva de emprego.

Contas feitas, «estaremos próximo de um milhão» no final de 2012, anteviu o líder do BE, sublinhando que, face a «tanto desemprego que estes números revelam», se vive uma situação da «bancarrota social» no país.

Apesar de a taxa de desemprego estar agora fixada nos 12,4%, O INE explica que ela teria sido de 11,4% caso tivesse sido mantida a metodologia anterior de recolha de informação.

«Face à introdução destas alterações, os resultados agora publicados não permitem uma comparação directa com os dados anteriores, configurando, assim, uma quebra de série».

Estas são as primeiras Estatísticas do Emprego feitas através do novo método, que passa a recolher a informação sobre emprego por telefone. Esta alteração implica que deixam de ser viáveis as comparações directas com as estimativas anteriores, ou seja, entre o primeiro trimestre de 1998 e o último de 2010.