O Banco de Portugal lucrou 441 milhões de euros em 2016, um crescimento de 89,2% em relação ao ano anterior.
Estes números indicam que o Banco de Portugal terá de pagar ao Estado 352 milhões em dividendos. Acresce ainda o valor de 175 milhões de euros em IRC, relativos também ao ano passado.
No total, a instituição fará entrar 527 milhões nos cofres públicos, mantendo a entrega de cerca de 80% dos lucros obtidos.
Em 2015, o Banco de Portugal obteve um lucro de 233 milhões de euros e entregou 186 milhões de euros aos cofres estatais (80%).
O recuo acentuado das transferências para a Provisão de Riscos Gerais, que desceu de 480 milhões de euros em 2015 para 200 milhões de euros em 2016, explica em grande parte a evolução verificada.
A redução significativa desta provisão deveu-se a um recuo do indicador do risco da carteira de ativos que o BdP segue para calcular estas necessidades.
O resultado antes de Provisão e Impostos ascendeu a 850 milhões de euros (5,7%) e o resultado antes de Imposto foi de 650 milhões de euros (101%).
Quanto aos gastos administrativos, houve um ligeiro agravamento para 183 milhões de euros, dos quais 122 milhões de euros relativos a gastos com pessoal (aumento de 1,8%).
Os fornecimentos e serviços externos ficaram quase estáveis nos 48 milhões de euros e os outros gastos administrativos subiram 15% para 14 milhões de euros.