Portugal menos eficiente no consumo de electricidade - TVI

Portugal menos eficiente no consumo de electricidade

Electricidade

Quercus fala em mais renováveis em 2010

Portugal está menos eficiente no consumo de electricidade, que aumentou 3,3% quando a economia terá crescido metade (1,5%), mas atingiu um recorde nas energias renováveis em 2010, divulgou esta segunda-feira a Quercus.

Segundo a associação ambientalista, no ano passado registou-se uma «forte quebra» nas emissões de gases com efeito de estufa, de cerca de quatro milhões de toneladas, o que significa «cerca de 6,5% do valor base de 1990 para efeitos do cumprimento do protocolo de Quioto».

Um comunicado da Quercus transmite a análise dos dados de produção e consumo de electricidade em 2010 e conclui que «Portugal está mais renovável, mas menos eficiente».

No ano passado, o peso das energias renováveis «foi o mais elevado de sempre nos últimos anos» com 53,2% principalmente devido ao ano muito húmido, com forte produção hidroeléctrica (mais 88,4% que em 2009), mas também ao aumento da produção eólica em cerca de 20 por cento, refere a Quercus.

O consumo de electricidade aumentou a um ritmo «bem mais acelerado» de 3,3% do que a variação prevista para o Produto Interno Bruto (PIB), que deverá ser 1,5%.

«A relação entre o consumo de electricidade e o PIB denomina-se por intensidade energética e é um indicador de eficiência», explica a associação que salienta que, à excepção de 2007, «Portugal não tem conseguido inverter esta tendência e continua a precisar de mais electricidade para produzir uma unidade de riqueza».

A Quercus defende que o Governo «deverá dar muito maior ênfase às medidas na área da redução de consumos e eficiência energética, medidas aliás com maior custo-eficácia do que os próprios investimentos em energias renováveis» e considera que as medidas do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) «precisam de ter maior expressão prática».

A associação salienta ainda que, entre 2009 e 2010, o aumento da produção de electricidade de origem eólica continuou a ser relevante (20,4%), apesar de menos significativo do que o acréscimo verificado entre 2008 e 2009 (31,6%).

Entre 2009 e 2010, Portugal reduziu o saldo importador de electricidade em cerca de 45% de 9,6% para cinco por cento do consumo, acrescenta a Quercus.
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