Pinho explica gesto: «Senti-me ofendido» - TVI

Pinho explica gesto: «Senti-me ofendido»

Manuel Pinho

Ministro da Economia demitiu-se após ter feito simulado uns chifres apontados ao PCP

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«Sem desculpa», mas tentando justificar o porquê do gesto que José Sócrates considerou «injustificável», Manuel Pinho disse esta quinta-feira à noite na SIC Notícias que foi atingido na sua «honra».

Foram as «graçolas» de Bernardino Soares sobre o trabalho do seu ministério nas minas de Aljustrel que levaram Pinho a perder a compostura. «Há situação difíceis de reagir quando as pessoas se sentem profundamente atingidas na sua honra», explicou, em entrevista à SIC Notícias.

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Questionado sobre o que o levou a reagir com aquele gesto, Pinho afirma que «o deputado do PCP estava a fazer umas graçolas e a dizer que não era verdade que se tivessem criado postos de trabalho em Aljustrel».

E as bocas caíram fundo, explica. «Quando se passam noites sem dormir para salvar postos de trabalho e se ouvem graçolas, é difícil de reagir». «Não tive uma boa reacção», admite, porque «fiquei muito ferido e ofendido».

Pinho explica que havia 100 trabalhadores nas minas, em Dezembro, e agora há 230. E é isso que «o PCP não desculpa: é o sucesso que o Governo teve numa região que considera sua, salvando postos de trabalho».

Aliás são os postos de trabalho resgatados que o ministro demissionário «guarda» na saída do Governo, recordando ainda o trabalho na fábrica Bordalo Pinho, onde ainda ontem lanchou com os trabalhadores.

Questionado sobre se foi pressionado a apresentar a demissão, Pinho garante que apenas falou com ele próprio e com a sua mulher, que ficou «satisfeita» com a decisão.

Recorde as «gaffes» de Manuel Pinho

A pergunta relaciona-se com a primeira reacção que o ministro teve, ainda no Parlamento, quando respondeu aos jornalistas que tinha condições para continuar no Governo.

Mas pouco depois foi noticiado que tinha pedido a demissão e que o primeiro-ministro aceitou.

«Não havia qualquer hipótese de ficar», garante, frisando que não é um político profissional, nem fazia planos para ter uma carreira política, e que hoje em dia é «muito difícil» estar na vida pública.

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