A terceira bancada parlamentar a intervir, no âmbito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2017, foi a do Bloco de Esquerda, pela voz da deputada Mariana Mortágua.
As primeiras palavras foram para a posição. Mortágua disse que "é difícil dizer que este Orçamento é de insensibilidade social".
E levou a discussão para as pensões mínimas e para o corte do Complemento Solidário para Idosos a 70 mil idosos no anterior governo: "Isto sim, insensibilidade fiscal", acrescentou.
A deputada reforçou que "bem mais interessante" é o tema das cativações e subvenções "mas não sei se é um bom debate para o PSD".
Mariana Mortágua referiu, ainda, alguns dos temas já mencionados na sua intervenção da passada semana, como o corte em áreas e que podem pôr em causa "o funcionamento" de algumas empresas "por falta de verbas". A saber: Metro de Lisboa, RTP e Lusa. Já sobre a Oitante, disse a deputada, ser importante, perceber a verba de 171 milhões de euros.
Na resposta, Mário Centeno, o ministro das Finanças, garantiu, sobre a Metro de Lisboa que "haverá um reforço" de investimento/ orçamento. No âmbito do que era o plano de concessão do Metro houve "um desinvestimento muito significativo (...) O Metro teve em 2016 um investimento que foi público que não foi suficiente, mas em 2017 vai ser, parcialmente, recuperado".
Sobre a Lusa disse, o responsável pela pasta das Finanças, que situação "vai ser acautelada", ou seja, haverá uma "adequação" no Orçamento. O mesmo para a RTP "para que não seja posta em causa a dimensão de serviço público".
Já no que toca à Oitante, Centeno garantiu que se vai informar para responder porque "não quero iludi-la, não tenho aqui informação", finalizou.