Marcelo quer portugueses descansados com Novo Banco - TVI

Marcelo quer portugueses descansados com Novo Banco

  • PD (Atualizada às 15:31)
  • 3 abr 2017, 14:56

Presidente da República acentua negócio é garantido pelo fundo de resolução e não pelo Estado. Por isso, acha que contribuintes não serão penalizados

O Presidente da República disse esta segunda-feira os contribuintes podem ficar descansados com a solução encontrada pelo Governo para o Novo Banco, uma vez que a garantia será do fundo de resolução e não do Estado.

Podem ficar descansados de que a solução encontrada, que é na linha do Governo anterior, é de não haver garantia do Estado, não haver responsabilidade do Estado, mas do fundo de resolução", sustentou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou a unidade residencial Aristides de Sousa Mendes, do Centro Social professora Elisa Branco, em Cabanas de Viriato, no concelho de Carregal do Sal.

Foi aí que o Presidente voltou a referir-se ao assunto da venda do Novo Banco, após já ter considerado que o "negócio com a Lone Star dá estabilidade ao sistema financeiro”.

13 mil milhões para salvar bancos

O Presidente da República destacou ainda que a solução seguida por este Governo foi "igual à seguida pelo Governo anterior".

Como se lembrarão, o Governo anterior recusou sempre a hipótese de ser o Estado a capitalizar ou a garantir no caso de perdas. O que se passa e passa até pela presença do fundo de resolução pelo capital do banco, é que o Estado não intervém. O Estado não deu garantia", referiu.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, a gestão dos "ativos problemáticos, que são eventualmente perdas", vai ser acompanhada pelos bancos, "com a ideia de limitar ao máximo a projeção nos contribuintes".

Esta é uma solução que acredita que é possível, num prazo de tempo, vender esses ativos, reduzir o risco de perdas que serão suportadas durante 30 anos pelos bancos e reduzir ou limitar a projeção imediata de eventuais prejuízos nos cidadãos. O Estado não entra com garantia. São os bancos que realmente a 30 anos, caso seja possível, irão pagando aquilo que for a diferença, esperemos que seja o mínimo possível", explicou.

Questionado sobre os 13 mil milhões de euros que Portugal já gastou para salvar bancos, o Presidente da República considerou que ficaria ainda mais caro se demorasse mais tempo a ser resolvido o problema.

Quando o Estado meteu o dinheiro que meteu para o sistema financeiro, meteu-o para evitar perdas que não seriam 13 mil milhões, seriam várias vezes superior. Porque uma liquidação de bancos, uma crise grave de bancos, teria uma consequência de 13 mil milhões multiplicados por muito", concluiu.

Continue a ler esta notícia