Marcelo relativiza demissões na Caixa - TVI

Marcelo relativiza demissões na Caixa

Presidente da República diz que "não é uma questão fundamental" do dia e prefere destacar que "as pessoas mudam, mas as instituições fortes permanecem". Primeiro-ministro promete novos nomes ainda esta semana

Marcelo Rebelo de Sousa tem pouco a dizer sobre a demissão de António Domingues e da sua equipa da Caixa Geral de Depósitos. No dia em que recebeu os reis de Espanha, o Presidente da República considerou que as saídas dos administradores no meio de uma polémica de semanas "não é uma questão fundamental neste dia.

As pessoas mudam, mas as instituições fortes permanecem".

À saída de uma sessão solene na Câmara Municipal do Porto de boas vindas aos reis de Espanha, que iniciaram hoje uma visita de Estado a Portugal, Marcelo quis destacar precisamente as relações entre os dois países, em vez de falar das polémicas internas.

"Acho que é uma questão que não é fundamental neste dia. Neste dia, o importante são as relações entre Portugal e Espanha, e a perspetiva de que, no futuro, há um plano, há um projeto que vai ser executado", declarou aos jornalistas.

O primeiro-ministro, por sua vez, lamentou a decisão dos gestores da Caixa e prometeu um substituto para António Domingues ainda esta semana, bem como novos nomes para completar as vagas deixadas pelos restantes administradores que quiseram sair. No total, saíram sete e ficaram quatro.

A demissão dos gestores da Caixa acontece numa altura de grande polémica à volta da entrega das declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional. 

O palácio Ratton confirmou que recebeu as ditas declarações já depois do anúncio das demissões. Não há informações oficiais sobre os motivos das mesmas, mas na imprensa já se avança com alguns. Entre eles, a falta de apoio político, precisamente do Governo e do Presidente da República.

De acordo com o Jornal de Negócios, António Domingues estaria disposto a entregar as declarações de património mas queria que Costa e Marcelo declarassem publicamente que mantinham intacta a confiança no presidente da Caixa. Domingues terá considerado ainda que a aprovação no Parlamento da lei que obriga à entrega das declarações atestou essa falta de empenhamento do primeiro-ministro e do chefe de Estado.

E agora questiona-se qual será o plano B do Executivo. Os nomes que têm circulado na imprensa são Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde, Carlos Tavares, presidente da CMCM, ou Nuno Amado, presidente do BCP. 

A Comissão Europeia já veio dizer que as demissões não põem em causa o acordo de princípio estabelecido com o Governo para a recapitalização do banco público, mas exige que ele siga como foi combinado.

 

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