Mário de Ferreira obrigado a lançar OPA sobre os 69,78% da Media Capital que não detém - TVI

Mário de Ferreira obrigado a lançar OPA sobre os 69,78% da Media Capital que não detém

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  • 18 nov 2020, 20:50
Mário Ferreira

CMVM considera que houve concertação entre a Pluris Investmentos e a Prisa na Media Capital, determinando que o empresário lance no prazo máximo de cinco dias uma Oferta Pública de Aquisição obrigatória sobre o capital da dona da TVI

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) obrigatória de Mário Ferreira, da Pluris Investments, sobre a Media Capital "deverá incidir sobre todas as ações" que não são detidas pelo empresário, ou seja, 69,78%, divulgou a CMVM, nesta quarta-feira.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considera que houve exercício de concertação entre a Pluris Investmentos e a Prisa (Vertix) na Media Capital, determinando que o empresário Mário Ferreira lance no prazo máximo de cinco dias uma OPA obrigatória sobre o capital da dona da TVI.

A oferta que a Pluris deverá anunciar, destinada a permitir que os restantes acionistas, querendo, possam alienar a sua participação perante a alteração de controlo verificada, deverá incidir sobre todas as ações da Media Capital não detidas pela Pluris (ou seja, 69,78%)", refere a CMVM, na sua decisão.

O regulador determina que o anúncio preliminar da oferta deverá ser divulgado pela Pluris "o mais rapidamente possível", no prazo de cinco dias úteis, ou seja, até 25 de novembro.

Tendo em consideração que, à presente data, encontra-se em curso uma outra Oferta Pública de Aquisição sobre a Media Capital, anunciada pela Cofina, SGPS, a Oferta Pública de Aquisição a anunciar pela Pluris deverá respeitar, além do regime das ofertas obrigatórias, o regime das ofertas concorrentes", adianta.

A Cofina lançou uma OPA sobre 100% do capital da dona da TVI em agosto, alterando a oferta de 21 de setembro de 2019, sendo o valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde um montante total de 35 milhões de euros e considera um 'entreprise value' de cerca de 130 milhões de euros.

"Em consequência, a contrapartida mínima a oferecer no contexto da Oferta Pública de Aquisição que a CMVM notificou a Pluris para lançar, deverá ter cumulativamente em consideração" o requisito de ser "superior em pelo menos 2% à contrapartida" da Cofina e "ser pelo menos igual ao maior preço pago, ou acordado pagar pela Pluris por ações da Media Capital".

A CMVM adianta que, "qualquer dos casos, a definição final da contrapartida encontra-se dependente do resultado da avaliação de auditor independente, pelo que a presente informação apenas pode ser concretizada por referência ao valor que por este venha a ser definido".

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