Governo “não perdeu o interesse” no cabo submarino para Marrocos - TVI

Governo “não perdeu o interesse” no cabo submarino para Marrocos

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  • 9 jun 2021, 07:08
Matos Fernandes

Cabo transportaria eletricidade entre Portugal e Marrocos

O Governo mantém o interesse na construção de um cabo submarino para transportar eletricidade entre Portugal e Marrocos, embora os prazos tenham sido ultrapassados devido a hesitações do lado marroquino, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática.

Em entrevista à agência Lusa, questionado sobre o ponto de situação da proposta apresentada em 2016, João Pedro Matos Fernandes garantiu que “o Estado português não perdeu o interesse nesse projeto”.

O cabo submarino para ligar o Algarve ao norte de África tem um custo estimado de 600 a 700 milhões de euros e, para a sua construção, foi promovido um estudo técnico-económico pela REN - Redes Energéticas Nacionais e a sua homóloga marroquina, que devia ter sido apresentado no início de 2019, mas cujas conclusões não são ainda conhecidas.

O Jornal Económico avançou, em 24 de maio, que, segundo fonte oficial da REN, o “tema tem sido analisado, poderá fazer sentido em algumas circunstâncias, mas neste momento não está prevista a sua execução”.

O ministro do Ambiente disse à Lusa que o estudo está a ser concluído e que “não é do lado português que a coisa tem andado devagar”.

“É um facto que os prazos já foram ultrapassados, mas nós temos feito tudo direitinho. Tem havido do lado de Marrocos algumas hesitações, mas o estudo vai avançando”, afirmou o governante, não arriscando, porém, adiantar uma nova data para a sua conclusão.

Matos Fernandes sublinhou a relevância das interligações, num mundo que utilizará cada vez mais fontes renováveis para a produção de eletricidade.

“Sabemos bem a importância que a armazenagem tem e, por isso, também a importância dos gases renováveis, mas não só, das baterias a lítio, para provocar essa mesma armazenagem, mas queremos fomentar o maior número de interligações possíveis e a partir de Portugal é fácil perceber que são a Espanha ou a Marrocos”, acrescentou.

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