Criada a plataforma de meios privados de media em Portugal - TVI

Criada a plataforma de meios privados de media em Portugal

Plataforma integra seis grupos: Media Capital, Cofina, Renascença, Impresa, Público, Global Media

O diretor executivo da Plataforma de Media Privados (PMP), Luís Nazaré, afirmou esta quinta-feira que esta entidade vai estar presente em «diversas frentes», entre as quais a questão dos direitos de autor, um tema que é «uma questão fundamental».

Luís Nazaré falava na apresentação oficial da PMP, que representa os grupos de comunicação social Media Capital, Impresa, Renascença, Cofina, Global Media (antiga Controlinveste) e o Público, que foi a entrada mais recente, que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

O setor dos media precisa de se unir para «falar a uma só voz», mais do que nunca, face aos novos desafios que enfrenta, apelou hoje Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho geral da Plataforma de Media Privados (PMP).

De acordo com o também presidente do grupo Impresa, o setor deve ter «uma voz forte» e que «defenda a existência de um jornalismo independente» e que seja também «capaz de salvaguardar os interesses dos meios de comunicação social privados portugueses junto de quaisquer entidades e instâncias», como cita a Lusa.

Em declarações à TVI24, o presidente não executivo da Media Capital, Miguel Paes do Amaral, definiu as principais prioridades para a Plataforma.

«Neste momento, têm a ver com a forma de lidar com os novos desafios no setor, nomeadamente com os grandes agregadores de conteúdo, os grandes motores de busca, as grandes redes sociais, que basicamente utilizam a informação produzida pelos meios tradicionais sem que estes sejam remunerados por isso, existem temas relacionados com os direitos de autor, com o mercado de publicidade, no fundo toas as principais rubricas com que uma empresa de media se tem de preocupar», afirmou.

Na mesma linha, Clara Azevedo, do grupo Público Comunicação Social, referiu que, no que diz respeito à crescente disponibilização, de forma gratuita, em sites agregadores e nas redes sociais de conteúdos informativos (…), a palavra-chave a ter em conta é «gratuita».

«Estes conteúdos estarem disponibilizados de forma paga não seriam um problema. Estas tecnologias digitais têm vindo a criar novos e crescentes desafios para os media que, obviamente, não devemos negligenciar e em que, pelo contrário, os meios tradicionais devem investir», defendeu.

Pinto Balsemão pede abolição das regras de cobertura das campanhas eleitorais 

Em declarações aos jornalistas no final da tomada de posse do novo diretor executivo da PMP,  Francisco Pinto Balsemão pediu a abolição das regras «absurdas» que existem para cobertura das campanhas eleitorais pelas empresas do setor.

«Era preciso que estas regras absurdas que existem para cobertura das campanhas e pré-campanhas eleitorais fossem definitivamente abolidas», referiu o presidente do conselho geral da Plataforma de Media Privados.

Balsemão afirmou que as regras de cobertura das campanhas eleitorais foram criadas ainda «em pleno PREC [Processo Revolucionário em Curso], em 1975», pelo que estão desatualizadas face à realidade atual.

O mesmo responsável exemplificou com os debates de candidatos em campanhas eleitorais, «que estão completamente inviabilizados», uma vez que nas próximas eleições legislativas irão concorrer «sete, oito ou mais partidos». «Dentro da nossa atividade, cobrindo todas as atividades, temos o direito de dar prioridade àqueles [candidatos] que achamos importantes», disse.

«Apresentámos um pedido ao Provedor de Justiça, para enviar para o Tribunal Constitucional estas disposições [que defendemos]», indicou também Balsemão. No entanto, duvida que surja uma decisão «válida» a tempo das eleições legislativas e presidenciais, que se realizam em 2015 e 2016, respetivamente.

 
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