Alberto João Jardim disse esta quinta-feira que «as agências de rating não entram mais na administração pública da região», sustentando que «Portugal não se pode deixar impressionar por jogadas urdidas do dólar contra o euro».
Alberto João Jardim comentava, numa inauguração no concelho da Ribeira Brava, a decisão da agência norte-americana de «rating» de baixar o nível de Lisboa, Sintra, Madeira e Açores para «lixo».
«Portugal não se pode deixar impressionar por jogadas do dólar contra o euro, em que de facto, por relaxação do Banco Central Europeu foram-se fazendo normas e criando hábitos que puseram a Europa nas mãos das agências americanas», declarou Jardim.
O líder madeirense salientou que «a credibilidade das três agências de rating foi imposta por normas do BCE quando não existia a guerra do dólar ao euro».
Considerou que a credibilidade destas agências «é muito fraca ou quase nula, porque inclusivamente quando se deu há dois anos a falência de dois grandes bancos norte-americanos, na semana anterior tinham colocado os bancos que faliram com a nota mais alta de rating».
Referiu que, «neste momento, pelo menos um dos responsáveis por uma destas agências está a responder no tribunal nos Estados Unidos da América por razões que o Ministério Público considera que podem levar a conclusão que são responsáveis em várias anomalias» que se registaram no mercado financeiro norte-americano.
«Não sei o que os senhores do BCE andaram a fazer», afirmou Jardim, criticando não só a politica ornamentalista, «mas também por terem ficado nas mãos de gente que sabe que quanto mais baixa for notação dos bancos e dos Estados europeus, o mercado dos juros vai fazer subir os juros e o grande capital internacional, mormente o norte-americano, vai aparecer na Europa a ganhar muito dinheiro porque todas estas jogadas fizeram subir as taxas de juro».
«Agências de rating não entram mais na Madeira»
- Redação
- CPS
- 7 jul 2011, 20:08
Presidente do Governo da Madeira diz que «Portugal não se pode deixar impressionar por jogadas do dólar contra o euro»
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