BES e BCP disparam 4% e animam bolsa - TVI

BES e BCP disparam 4% e animam bolsa

Índice Ibex (Lusa/EPA)

Zon Multimédia corrige dos fortes ganhos de ontem

A bolsa nacional fechou em alta, pela sexta sessão seguida, a acompanhar os ganhos das restantes congéneres europeias. O índice PSI20 valorizou 0,87% para 5.687,76 pontos, depois de ter negociado em máximos de dez meses.

A ajudar esteve o setor financeiro. O BES disparou 4,08% para 0,89 euros e o BCP ganhou 4,05% para 0,08 euros, em linha com a tendência dos pares na Europa. Os analistas explicam esta performance com um período de acalmia no setor financeiro.

Do lado das telecomunicações, a Portugal Telecom (PT) trepou 1,82% para 3,86 euros, a recuperar das quedas de ontem. «A operadora está, de certa forma, a beneficiar do anúncio do início de negociações para a fusão entre a Zon e a Optimus, da Sonaecom», disse Gualter Pacheco, analista da Go Bulling, citado pela Reuters.

De acordo com o mesmo especialista, «por um lado nasce um novo player que vai concorrer com a PT em todos os segmentos, mas por outro lado, desaparece um concorrente, a Optimus, que compete com base em preços mais baixos, o que é positivo para a PT».

A Sonae SGPS, por seu turno, escalou 3,75% para 0,72 euros, tendo renovado máximos de Julho do ano passado, ao passo que a Sonaecom subiu 0,65% para 1,56 euros.

Já a Zon Multimédia contrariou: caiu 1,2% para 2,95 euros, num sentimento de correção, depois dos fortes ganhos e dos máximos de 2010 que ontem chegou a alcançar.

Entre as restantes empresas cotadas, a EDP somou 0,44% para 2,28 euros, no dia em que Cavaco Silva recebeu o presidente da Three Gorges, o acionista chinês da elétrica nacional.

Nota ainda para o Banif, cujas ações estão suspensas. O banco estará fora da negociação até ao próximo dia 21 de dezembro (sexta-feira), a pedido da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), depois de ter registado a fusão do Banif SGPS com o Banif SA.

Já lá por fora, na Europa, as subidas variaram entre 0,29% de Paris e 1,6% de Madrid, devido aos avanços nas negociações entre Democratas e Republicanos para resolver a questão do «abismo orçamental» nos EUA. Isto depois de o presidente Barack Obama ter apresentado, na última noite, uma nova proposta orçamental que propõe menos subidas de impostos e mais cortes nas despesas.
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