Bolsa de Lisboa dá trambolhão de 2,4% - TVI

Bolsa de Lisboa dá trambolhão de 2,4%

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Principal índice português encerrou a última sessão da semana com as 20 cotadas no vermelho

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A Bolsa de Lisboa fechou esta sexta-feira no vermelho, com o principal índice, o PSI20, a acentuar perdas ao longo da sessão e a fechar 2,36%, com todas as cotadas a negociar em terreno negativo. A praça nacional perdeu 1,7 milhões de euros.

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Goldman Sachs afunda 11,5%

É a praça europeia que mais desvalorizou nesta sessão, afectada pelo aumento do risco da dívida pública, e os investidores a exigirem um prémio maior para comprarem dívida nacional em vez da dívida alemã, a mais segura da Europa.

Portugal hoje sofre também depois de ontem um ex-economista do FMI ter dito que a seguir à Grécia, seria Portugal a passar por um fase negativa nos mercados internacionais. Já esta manhã foi a vez do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, ter deixado um aviso a Portugal, para que o país corte no défice nacional, quando a Comissão Europeia aceitou o Programa de Estabilidade e Crescimento mas avisou que mais medidas serão necessárias.

O mercado tem sido penalizado sobretudo pelo estado das contas públicas, que fez acentuaram as quedas na bolsa lisboeta, com o sector financeiro a ser o mais penalizado: o BCP perdeu mais de 3,3% para os 80 cêntimos por acção; seguiu-se o BES a desvalorizar mais de 2,6% e o BPI recua mais 2,5% para os 1,90 euro.

A Galp foi também uma das que mais pressionou o índice nacional, a derrapar 3,9% para os 13 euros, a ser influenciada pela greve dos trabalhadores da petrolífera, agendada entre segunda e quarta-feira, que irá obrigar ao encerramento de duas refinarias.

EDP e PT também fecharam no vermelho, a afundar mais de 1,5%, num dia em que as empresas realizam as suas assembleias-gerais sob a mira do corte salarial proposto pelo Governo, onde irão recusar a proposta do executivo, no dia em que o próprio primeiro-ministro garantiu no debate quinzenal no Parlamento que não haverá bónus para os gestores públicos até 2012.

Também o sector do papel desvalorizou e muito com a Inapa a perder mais de 3,5% e os títulos da Altri a deslizar quase 2%, numa altura em que os investidores aproveitam para tomar mais-valias, depois de ontem ter disparado 3%

Lá fora, todas as praças da Europa fecham no vermelho, com perdas entre 1,8 na praça de Frankfurt e mais de 2% em Madrid, com os investidores receosos em relação à Grécia e à incerteza sobre se o governo de Atenas irá ou não accionar as ajudas da União Europeia do Fundo Monetário Internacional.

Nova Iorque acompanha a tendência, segue com perdas a rondar o 1%, isto apesar dos bons resultados do Bank of America, acima do esperado pelos analistas: o banco passou de prejuízos a lucros de 2,4 mil milhões de euros nos primeiros três meses deste ano. Também a General Electric registou bons resultados e as licenças para a construção de casas novas aumentaram em Março ao ritmo mais acelerado dos últimos 18 meses.

É o sector financeiro a ser o mais penalizado, com a notícia de que a entidade reguladora da bolsa de Nova Iorque decidiu processar o Goldman Sachs por causa do subprime.
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