O índice acionista português cai 3,5%, com Millennium bcp e BPI a perderem 4,5%, arrastados pelo sentimento negativo nos mercados globais, num movimento de fuga ao risco em que o sector financeiro é a principal vítima, segundo dealers.
No mercado secundário, os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos portugueses estão a subir 20 pontos base para 3,71%, a negociar em máximos do verão de 2014.
De acordo com a Reuters, o índice DJ stoxx para a banca europeia perde 6%, enquanto o Stoxx 600, que segue as 600 maiores cotadas na Europa, recua 3,6%.
A petrolífera Galp energia recua 3%, numa sessão em que os futuros do barril de Brent perdem 1,2% para 30,5 dólares.
No retalho, a Jerónimo Martins desce quase 3% e a Sonae 5%.
A EDP desce 3,5% para 2,78 euros. A Berenberg cortou o preço alvo da EDP para 3,30 euros, de 3,80 euros, incorporando a queda dos preços da energia na Ibéria e mantendo a recomendação ‘Comprar'.
A subsidiária EDPR recua 2,8% para 6,4 euros. No caso da EDPR, a Berenberg subiu o alvo para 6,6 euros, de 5,75 euros, sublinhando que a empresa gera fluxos de caixa previsíveis e está "imune" aos preços da energia. A recomendação que atribui é 'Manter'.
A telecom NOS cai 3,4%. A NOS afirmou ontem que vai lutar contra a suspensão unilateral do acesso dos seus clientes ao Porto Canal, decidido pela MEO, acusando esta rival de ser "irrazoável e inflexível".
Artur Amaro, analista do Caixa BI afirmou que este desenvolvimento tem "impacto neutral a negativo (na NOS), naquilo que pode ser o começo de uma longa batalha legal pela exclusividade dos conteúdos desportivos por parte das operadoras de telecomunicações".
"Argumentamos que o modelo de não exclusividade dos direitos desportivos, que vigorou até ao momento, é aquele que melhor satisfaz as necessidades das operadoras de telecomunicações e consumidores".
A MEO, da PT Portugal, anunciou que vai suspender o acesso da NOS ao Porto Canal a partir de 11 de Fevereiro, afirmando que apresentou uma proposta para ceder os direitos por um valor moderado, mas que não foi possível chegar a acordo.
A negociação dos índices norte-americanos, que fecharam negativos, foi marcada pelo testemunho da Presidente da Fed, Janet Yellen no Congresso.
Yellen reconheceu que a fraqueza da economia global poderá desviar a economia dos Estados Unidos de um caminho sólido.
Adiantou ainda que as hipóteses do Fed reverter a política de subida de taxas iniciada em Dezembro são limitadas, mesmo tendo em conta riscos da desaceleração económica da China.