Bolsa derrapa com incerteza italiana - TVI

Bolsa derrapa com incerteza italiana

Praças europeias dos países periféricos também fecham a cair, mas atenuam das perdas da manhã

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A bolsa portuguesa fechou esta segunda-feira a cair, arrastada pelas desvalorizações das praças europeias, sobretudo dos países periféricos, afectadas pelo anúncio da demissão do atual primeiro-ministro Mario Monti a atirar o país para um cenário de incerteza política.

Milão, Madrid e Lisboa fecham a cair, com esta notícia que levará a terceira maior economia da Zona Euro para eleições antecipadas.

Os ganhos das restantes praças europeias são curtos, deixando o índice de referência europeu a cair 0,16%, que é um bom indicador do estado de espírito dos mercados.

Só para perceber o problema que se vive em itália, e transborda para os mercados, recordo que o governo de Mario Monti sobreviveu na semana passada a uma moção de confiança no parlamento italiano, mas o partido de Sílvio Berlusconi retirou-lhe o apoio. E levou Monti a decidir sair do Governo, após a aprovação do Orçamento do Estado para 2013.

Se itália ganhou credibilidade graças à reputação de Monti, a primeira reação dos mercados é claramente justificada pela incerteza do que vai acontecer no futuro próximo.

Os mercados bolsistas reagiram com Milão a encabeçar a queda de Milão 2,2%, Madrid perde 0,56%, Lisboa cai 0,64%.

Já no verde, Londres ganha 0,12% e Frankfurt 0,17%.

Os juros das obrigações dos paises perfiéricos também subiram, reffletindo este mesmo risco político em Itália; taxa de juro das Obrigações do Tesouro subiram para 4,83%, estavam nos 4,5% na última semana.

Espanha avança para 5,58%, temendo o contágio da instabilidade de política em Itália, que já levou o ministro da Economia espanhol a dizer que a maior ajuda que Espanha precisa é que se eliminem as incertezas sobre o futuro do euro.

As Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos também sobem para 7,64% vindo de 7,48% na sessão anterior. Mas nos outros prazos a tendencia não é definida, o que é explicável pelo facto de Portugal não estar no mesmo barco de Espanha, porque está já sob um plano de assistência financeira, o que torna Portugal de alguma forma protegida desta crise em Itália.

Quanto a Lisboa, a praça nacional fechou no vermelho, com exceção da Altri; de resto é a banca o setor mais penalizado, com o BCP à cabeça a perder 2,74% para 0,07 €.

O BES também desvaloriza 2,16% para 0,817 €.

A Jerónimo Martins também perde 0,59% para 14,44 €. A Portugal Telecom pressiona 0,47% para 3,57 €.

Também a EDP esteve a penalizar o PSI20; caiu 0,19% para 2,10 €, com os investidores a aproveitarem para tomar mais-valias, depois das fortes subidas da semana passada. A subsidiária EDP Renováveis também cai 2,22%.

Ainda no setor da energia, a Galp Energia perde 0,34% para 11,71 €.

Em Wall Street, o Dow Jones segue a valorizar 0,23%. Os investidores permanecem ansiosos com as negociações entre a casa branca e o senado para evitar o precipício orçamental de 600 mil milhões de dólares em janeiro de 2013, mas os números da criação de emprego animaram os mercados na passada sexta-feira: a taxa de desemprego nos EUA caiu para o valor mais baixo desde dezembro de 2008, 7,3%.
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