Bolsas acabam semana em alta, BES brilha em Lisboa

As bolsas europeias acabaram a última sessão da semana em alta, após quatro quedas consecutivas, causadas pelos dados económicos desanimadores que têm chegado da China, EUA e da própria Europa.

Os ganhos foram modestos (Milão foi a praça que mais subiu e ficou-se por uma alta de 0,21%) e ainda houve uma exceção: Madrid, que caiu 0,86%.

Em Lisboa, o PSI20 acabou a subir 0,1% para 5.610,45 pontos, com o grupo Espírito Santo em destaque.

O BES liderou os ganhos e cresceu 2,54% para 1,50 euros, devido ao otimismo sobre o reforço de capital, para o qual o banco não deverá necessitar de recorrer à ajuda do Estado. Ricardo salgado disse recentemente que a holding que controla o BES, a ESFG, vai reforçar capitais em 300 a 500 milhões de euros, o que poderá ajudar o banco a atingir os rácios de capital exigidos para meados deste ano.

O ESFG também subiu 1,27% para 5,57 euros.

Nota positiva ainda para o retalho, onde a Sonae se valorizou 2,23% para 0,46 euros, com a Jerónimo Martins a subir também 0,9%.

A Brisa, que ontem tinha sido notícia pela suspensão do projeto do TGV (a Brisa integra o consórcio que iria construir o troço Poceirão/Caia), acabou hoje a ganhar 0,41% para 2,45 euros, apesar de o ministro da economia ter dito que as indemnizações a pagar ao consórcio pela desistência do projeto deverão ficar abaixo dos 300 milhões de euros. A Brisa foi ainda notícia hoje pelo reforço da posição da Abertis no seu capital, para 15%. Mas a Abertis avisou já que não pretende comprar mais ações da concessionária.

No vermelho, nota para a PT, em baixa de 0,60% para 3,97 euros, no dia em que a nomeação de Teixeira dos Santos para a administração da empresa é dada como certa.

A energia também fechou em queda: a Galp cedeu 0,76% para 13,01 euros e a EDP recuou 0,59%.

No fundo da tabela, a liderar as perdas, fechou o BCP, que deslixou 1,32% para 0,15 euros.