Bolsas acusam nervosismo a dois dias do referendo ao Brexit - TVI

Bolsas acusam nervosismo a dois dias do referendo ao Brexit

Praças europeias sem tendência clara. Londres e Lisboa no vermelho desde o início da sessão. Libra com grandes oscilações. No PSI20, BCP voltou às quedas e ações da Pharol estão suspensas por causa do perido de recuperação judicial entregue pela Oi no Brasil

A dois dias do referendo à saída do Reino Unido da União Europeia, o nervosismo começa a aumentar. Se ontem as bolsas europeias registaram a maior valorização em quase um ano, com os menores receios do Brexit, esta terça-feira novas sondagens dão conta de que os campos do sim e do não estão muito próximos.

As campanhas estão renhidas e, sendo o Reino Unido das maiores economias europeias e Londres um dos centros financeiros mais importantes do mundo, há receios também sobre as consequências que uma saída da UE teria para a economia do país.

Londres recuava no início da sessão cerca de 0,3% e Lisboa 0,16%. Entre as restantes praças, que arrancaram com ganhos ligeiros, algumas entretanto têm oscilado entre ganhos e perdas, assim como a libra, a moeda britânica. 

Por Lisboa, com a maioria das cotadas o vermelho, destaque para a queda de cerca de 1,5% do BCP para 0,0205 euros por ação, depois de ontem ter fechado a disparar 12%. O BPI recua 0,5% para 1,109 euros.

Também a Sonae desvaloriza 1,9% para 0,805 euros e, na energia, o sentimento é misto: a EDP e a REN recuam ligeiramente para 2,958 e 2,633 euros por título, respetivamente; a Galp sobe 0,4% para 12,11 euros e impede maiores descidas no PSI20.

As ações da Pharol não estão a negociar, por decisão do regulador de mercado, a CMVM. A Pharol é a antiga PT SGPS e vê a sua negociação em bolsa suspensa por causa da brasileira Oi, que ontem avançou com um pedido de recuperação judicial.

Foi a companhia brasileira Oi que ficou, depois da cisão da Portugal Telecom em duas, com a responsabilidade de reembolso a quem investiu em obrigações da PT. O problema mais imediato para resolver é do reembolso de 231 milhões a quem investiu nesses títulos de dívida: devia ser já a 26 de julho, mas quem investiu - e entre essas pessoas há cerca de 20 mil pequenos investidores - corre o risco de perder o seu dinheiro. 

 

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