Bolsas afundam com iminência de ataque dos EUA contra Síria - TVI

Bolsas afundam com iminência de ataque dos EUA contra Síria

Síria terá utilizado armas químicas contra civis. Administração Obama diz que vai agir. Mercados acionistas seguem manchados de vermelho

As principais bolsas europeias abriram esta terça-feira no vermelho, na iminência de um ataque norte-americano contra a Síria.

O Eurostoxx 50 - o índice que representa as principais empresas da zona euro - estava a descer 0,19% para 2.816,11 pontos.

As bolsas europeias seguiam, assim, a negociar negativas. Londres perdia 0,15%, Frankfurt deslizava 0,33%, Paris descia 0,43%, Madrid recuava 0,71%, Lisboa derrapava 0,97% e Milão afundava 1,47%.

De acordo com a imprensa norte-americana, Barack Obama, está a planear um ataque contra a Síria com objetivos e duração limitada.

Perante aquilo que os Estados Unidos dizem ser «a utilização inegável de armas químicas contra civis», Barack Obama equaciona uma ação de retaliação pensada para durar não mais de dois dias, procurando manter o país à margem de uma maior intervenção numa guerra civil que se prolonga há 29 meses, indica o «Washington Post» citando fontes não identificadas do Governo.

Já o «New York Times» destaca que Obama ainda terá que decidir sobre o tipo de operação militar, mas prefere uma ação limitada.

Num cenário de curta duração e com objetivos definidos, o «New York Times» explica que a ação militar deverá envolver o lançamento de mísseis a partir de navios no Mediterrâneo contra alvos militares sírios.

O jornal acrescenta que não seria uma missão prolongada visando o Presidente sírio Bashar al-Assad ou a alteração do equilíbrio do conflito.

A imprensa salienta ainda que nos próximos dias, enquanto Barack Obama mantém contactos de alto nível com os seus aliados, serão reveladas informações que sustentam a utilização de armas químicas por parte do regime sírio.

O euro seguia hoje em queda na abertura do mercado de divisas de Frankfurt (Alemanha) e trocava-se a 1,3369 dólares, face aos 1,3372 dólares da sessão de segunda-feira.

Já o barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar nos 111,03 dólares, mais 0,32 dólares do que na sessão anterior. A subida dos preços do petróleo deve-se a receios de perturbações no fornecimento desta matéria-prima no Médio Oriente.

No mercado doméstico, as empresas mais pressionadas são o BES que afunda 2,48% para 0,860 euros e a Portugal Telecom (PT) que cai 2,2% para 2,839 euros.

Também a Zon Multimédia tomba 1,18% para 4,180 euros, com a Sonaecom a ceder 0,71% para 1,805 euros.

Ontem a Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou que aprovou a fusão da dona da TV Cabo com a Optimus. A decisão já era esperada pelo mercado e dará origem a uma operadora com receitas acima de 1,5 mil milhões de euros.
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