Bolsas europeias deprimidas com Mario Draghi - TVI

Bolsas europeias deprimidas com Mario Draghi

Mercados periféricos mais penalizados. Banca de rastos com corte da taxa de depósito

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As bolsas europeias fecharam esta quinta-feira em queda, penalizadas pelas declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), que admitiu que os riscos para a economia europeia estão a materializar-se, o que pode travar a recuperação da região.

O BCE cortou a taxa de referência para a Zona Euro de 1 para 0,75%, um novo mínimo histórico, o que deverá baixar o custo de financiamento na região. Mas a decisão era já esperada e os investidores e analistas acabaram por focar-se nas declarações do banqueiro.

O euro caiu 1% e atingiu mínimos de mais de um mês, os juros dos países periféricos como Espanha e Itália voltaram a subir no mercado secundário. Madrid liderou as quedas, ao descer 2,99%, e foi ainda penalizada pela subida dos juros no leilão de dívida que o país vizinho realizou esta manhã. Os mercados periféricos foram os mais pressionados: Milão também perdeu 2,03% e, em Lisboa, o PSI20 registou a terceira maior queda: 1,67% para 4.863,18 pontos.

A banca foi o setor mais pressionado, tal como no resto da Europa. Tudo porque o BCE cortou para zero a taxa de juro de depósito, ou seja, mesmo que os bancos depositem dinheiro no BCE, não recebem qualquer remuneração. A medida destina-se a incentivar o empréstimo de dinheiro entre os bancos.

O BPI caiu 4,34% para 0,55 euros, o BES perdeu 3,42% para 0,57 euros e o BCP deslizou 1,96% para 0,10 euros.

Na energia, a Galp afundou 3,97% para 10,65 euros, apesar da subida de 1% no preço do petróleo em Londres. A EDP também caiu quase 0,9%.

Nota muito negativa ainda para um dos pesos pesados da praça: a Jerónimo Martins, que desceu 3,15% para 13,53 euros.

No verde, uma nota de ressalva para duas empresas: a Sonae Indústria disparou 6,27% para 0,61 euros, tendo chegado a valorizar-se 10% durante a sessão, o mesmo que registou já na sessão passada. A acioniksta Sonae acompanhou com um ganho superior a 3%.
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