As bolsas europeias, que até tinham iniciado o dia animadas, seguiam já toas no vermelho a meio da sessão. A culpa é do Banco Central Europeu (BCE) que cortou as previsões para a economia da Zona Euro.
O BCE prevê agora uma contração de 0,3% este ano (em vez dos anteriores 0,2%) e, no ano que vem, diz que a economia crescerá apenas 0,6% e não 1%.
Do que o BCE não fala é do seu programa de compra de obrigações, que poderia salvar a Espanha de um pedido de resgate financeiro tradicional. Apesar de os especialistas defenderem que o mesmo deve avançar urgentemente para ajudar a travar a crise da Zona Euro, não há qualquer novidade nessa frente, o que começa a deixar os investidores impacientes.
A bolsa de Espanha, o país mais imediatamente interessado, cai 0,73%, a maior descida da Europa, mas Milão e Frankfurt também baixam mais de 0,6%.
Em Lisboa, o PSI20 regista, mesmo assim, a queda mais moderada: 0,09% para 4.826,97 pontos.
A Brisa continua a ser das que mais cai, depois de o Grupo Mello e o fundo Arcus terem dito que pretendem retirar a empresa de bolsa, na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA), que terminou ontem.
Nota negativa ainda para a PT, que recua 0,23%, e para a EDP, aceder 0,66% para 1,96 euros.
Na banca, BCP e BPI seguem estáveis, mas o BES destaca-se com um dos maiores ganhos do dia: avança 1,18% para 0,52 euros. A banca tem beneficiado da queda dos juros da divida pública que, no prazo a dez anos, está em queda há dez sessões consecutivas.
No verde, nota ainda para a Galp, que trepa 0,4%, e para a Jerónimo Martins: a dona do Ping Doce valoriza-se 0,49% para 13,37 euros, depois de se saber que a Autoridade da Concorrência decidiu aplicar-lhe uma multa de 30 mil euros por causa da campanha levada a cabo no 1º de maio.
Bolsas invertem com corte de previsões do BCE
- Redação
- 9 ago 2012, 13:19
Brisa pressiona Lisboa a antever saída de bolsa
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