As ações da cotada estavam a afundar 22% na Bolsa de Lisboa, a cotar a 1,12 euros e em mínimos de 2012.
Segundo os analistas, a cotada estaria a ser pressionada por mais uma queda do preço do Brent, que bateu os 28 dólares no mercado londrino. Também a exposição a Angola está a fazer cair as ações em bolsa.
Em comunicado enviado à CMVM, a construtora diz que não tem conhecimento de qualquer facto que possa ter levado a este desaire bolsista.
"A Mota-Engil (...) desconhece qualquer facto que possa minimamente justificar o comportamento da cotação da sua ação".
Apesar de reconhecer que a conjuntura económico-financeira mundial se revelou “muito difícil no ano de 2015” em alguns mercados onde o grupo opera, a Mota-Engil refere que “se registou transversalmente nas três regiões (Europa, África e América Latina) um fluxo positivo em termos de recebimentos que permitiu a redução assinalável dos níveis consolidados de endividamento entre final de setembro e final de dezembro".
O grupo assinala ainda que “tem implementado a política de refinanciamento da sua dívida em linha com o seu plano, com várias operações concluídas durante o quarto trimestre de 2015 e já durante os primeiros dias de 2016, política essa que tem como objetivos centrais a redução do custo e o aumento da maturidade média” e que, “fruto do modo como diferentes regiões estão a ser afetadas pela crise mundial, o grupo teve mais uma vez capacidade de se adaptar aos respetivos impactos”, nomeadamente, na América Latina onde se verificou “um aumento assinalável da atividade”.
Na nota de esclarecimento, a Mota-Engil indica ainda que está neste momento a ser preparada uma alteração orgânica e de gestão ao nível das sub-holdings, nomeadamente, em África.
Desde o início do ano, e até esta segunda-feira, a cotada já perdeu mais de 40% em bolsa. Já na passada quinta-feira a as ações da construtora tinham batido mínimos de janeiro de 2013.