António Costa está a par da evolução dos juros da dívida, mas não se mostra muito preocupado. Está "confiante", palavra sua, de que vão acabar por baixar, logo que os mercados olhem para Portugal como deviam.
É um assunto que temos vindo a acompanhar, mas estamos muito confiantes, já que vão sendo conhecidos os dados fundamentais da nossa economia", declarou o primeiro-ministro aos jornalistas a meio da sua viagem para a Índia.
Foi ontem, quinta-feira, que as Obrigações do Tesouro a 10 anos passaram a fasquia dos 4%, atingindo o valor mais alto em quase um ano, desde fevereiro de 2016. Fecharam nos 4,032% e hoje já chegaram a atingir os 4,052%.
Costa foi questionado pelos jornalistas durante escala em Frankfurt, na Alemanha, mas insistui que à medida que os mercados forem "percecionando a realidade da economia portuguesa, designadamente no que respeita à execução orçamental, à redução da dívida líquida e ao facto de termos um dos maiores saldos primários da União Europeia", o cenário irá melhorar.
Já sobre o processo de venda do Novo Banco, o primeiro-ministro recusou-se, tal como o Presidente da República, a fazer qualquer comentário, apenas dizendo que vai, naturalmente, acompanhar esse tema.
"Sobre essa matéria o Governo já fez na quinta-feira um comunicado e nada temos mais a acrescentar".