Crash na bolsa: Lisboa afunda mais de 5% (veja o comentário)

Foi uma terça-feira «negra» para a Bolsa em Lisboa que registou a segunda maior queda mundial. O principal índice, PSI20, afundou 5,36 por cento para os 7.152,42 pontos. É um novo mínimo desde Julho de 2009. O sector financeiro foi o mais afectado.

Fecho de bolsa (comentário)

Todas as 20 empresas cotadas em Lisboa encerraram a negociar em terreno negativo. Seis encerraram em mínimos e mais de metade registaram quedas acima de 6%, tendo duas derrapado mais de 9%.

O PSI20 acentuou as perdas no fecho, depois da agência de notação internacional Standard & Poor's (S&P) ter anunciado um corte do rating da dívida pública portuguesa de «A+» para «A-».

Veja aqui as cotações do PSI20

Na restante Europa, as praças fecharam também muito pessimistas, depois das declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, que colocou dúvidas no apoio dos germânicos ao plano financeiro de ajuda à Grécia. Londres tombou 2,61%, Frankfurt recuou 2,73%, Paris desceu 3,82% e Madrid derrapou 4,19%. Na Grécia, o tombo chegou quase aos 7%.

Por cá, a penalizar esteve o sector da banca. O BCP escorregou 7,57% para os 0,67 euros, o BES cedeu 7,40% para os 3,24 euros e o BPI recuou 5,06% para os 1,66 euros.

Risco da dívida dispara após corte de rating

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom depreciou 6,71% para os 7,46 euros, a Sonaecom caiu 7,04% para 1,30 euros e a Zon Multimédia, dona da TV Cabo, desvalorizou 7,52% para os 3,34 euros.

Já do lado da energia, a EDP recuou 3,81% para os 2,62 euros e a Galp Energia tombou 3,04% para os 11,95 euros, ao passo que a EDP Renováveis desceu 1,11% para os 5,06 euros.

Bolsa de Lisboa afunda. Perceba porquê

A liderar as quedas ficou, ainda assim, a Altri que derrapou 9,05% para os 4,30 euros e a Sonae Indústria que afundou 9,95% para os 2,17 euros.

Nos Estados Unidos, os mercados seguem com tendência negativa, ainda que com perdas mais ligeiras. O índice industrial, Dow Jones, cede 1,23% e o tecnológico, Nasdaq, recua 1,75%.