Dívida: juros sobem para Portugal e Grécia - TVI

Dívida: juros sobem para Portugal e Grécia

Receios que de segundo resgate a Atenas falhe por falta de consenso europeu também afecta dívida portuguesa

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Os juros da dívida soberana portuguesa continuam a subir há várias sessões nos principais prazos, ainda que abaixo dos máximos histórico, enquanto na Grécia os juros batem novo recorde a dois anos ao superar os 46 por cento.

Segundo os dados da agência Reuters, os juros exigidos pelos investidores para negociar dívida grega a dois anos negociavam nos 46,046%, depois de ontem terem superado os 47%, o valor mais alto desde, pelo menos, a adesão da Grécia ao euro, em 2001.

Os investidores estão «minados» com o receio de que o segundo plano de resgate à Grécia possa não passar, devido às resistências de alguns Estados-membros e sobretudo da Finlândia, que continua a exigir garantias bilaterais pela parte de Atenas para aceitar participar no segundo pacote de ajuda, uma exigência contestada pela Alemanha.

«Há preocupações de que o segundo pacote de ajuda pode não passar. Se a Finlândia permanecer irredutível na sua exigência de colateral, estaremos em uma situação de impasse», disse na quarta-feira Christoph Rieger, chefe de estratégia do Commerzbank AG, em Frankfurt, citado pela Bloomberg.

Também no prazo a cinco anos, os juros da dívida grega batem recordes desde 2011, ao transaccionarem nos 22,597%.

Já a dez anos sobem face à sessão anterior para 18,363%, também para um novo máximo.

Ainda que sem bater recordes, os juros da dívida soberana portuguesa estão hoje a subir nos principais prazos, em alguns casos há seis sessões consecutivas.

A dois anos, os títulos estão a ser negociados no mercado secundário a 13,645%, a seguir a tendência da dívida com maturidade a cinco anos, cujos juros sobem para os 13,373%.

Também no prazo a dez anos, os juros de Portugal sobem pela sexta sessão: cotam nos 11,289%, enquanto o spread face à Alemanha se posiciona nos 908 pontos base.

Em Espanha e Itália, os juros exigidos para transaccionar dívida destes países com prazo de dez anos desce para 5% em ambos os casos.
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