Emissão de obrigações da Zon «foi um sucesso»

A oferta pública de subscrição (OPS) de obrigações da ZON «foi um sucesso», com a procura a exceder a oferta em 58,8%, segundo o responsável da Bolsa de Lisboa, Miguel Geraldes, citado pela Lusa.

De acordo com Miguel Geraldes, que apresentou os resultados da operação, em Lisboa, foram disponibilizadas 200.000 obrigações da Zon e a procura destes instrumentos foi de 317.668 unidades.

Ao quarto dia útil da operação (31 de maio) as 100.000 obrigações inicialmente disponibilizadas já tinham sido atingidas, pelo que ao sétimo dia útil (a 6 de junho) foi decidido o alargamento para o dobro do número de obrigações disponibilizadas.

O objetivo da operação, recordou Miguel Geraldes, era o financiamento da atividade corrente da empresa para o período de 2012 a 2015, num valor máximo de 200 milhões de euros.

Dinheiro servirá para utilização comercial normal

O presidente da Zon, por seu lado, disse que o montante angariado com a operação será para «utilização comercial normal», garantindo que «não se prende com mais nenhum tipo de operação».

Questionado sobre se o montante angariado com esta operação vai ser canalizado para expandir o negócio da empresa para outros mercados, Rodrigo Costa, presidente da Zon, rejeitou essa hipótese.

«É para o financiamento normal da empresa. Com esta operação ficamos com todas as necessidades de financiamento tratadas até ao final de 2014 e, havendo uma renovação normal de dívida, podemos mesmo considerar até ao final de 2015», afirmou o presidente da Zon.

Para o Rodrigo Costa, nas circunstâncias atuais, «trabalhar com uma dívida de maturidade média superior a três anos é sempre bom e esse foi o grande objetivo» da operação, sublinhando que «não se prende com mais nenhum tipo de operação, nem com nenhuma questão de investimento específica».