Galp ganha nove blocos para exploração de petróleo no Brasil

A Galp Energia, a única empresa portuguesa no leilão petrolífero a decorrer no Brasil, ganhou nove blocos para exploração em terra e no mar, em consórcio com a parceira Petrobras, segundo informou na última noite a Agência Nacional do Petróleo.

No final da 11.ª ronda, a petrolífera portuguesa conseguiu ampliar a área de exploração, tanto em setores em terra como em mar, sempre em parceria com a brasileira Petrobras, com um investimento dos respetivos consórcios na ordem superior a 100 milhões de euros.

Já na reta final do leilão, a Galp venceu um bloco em águas profundas na Bacia Potiguar, detendo 20% do consórcio em parceria com a Petrobras (40%) e a BP (40%), com um prémio de cerca de oito milhões de reais (três milhões de euros).

No mesmo leilão, a Galp já havia ganho quatro blocos de exploração petrolífera na bacia de Barreirinhas, em parceria com Petrobras e BG, que pagaram um prémio de assinatura de 251 milhões de reais (96 milhões de euros), escreve a Lusa.

Neste caso, a petrolífera portuguesa tem uma posição de 10% no consórcio para os blocos que ainda não entraram na etapa de produção, onde foram notificadas duas descobertas desde janeiro de 2012.

Também em consórcio com a Petrobras, com partes iguais, a Galp venceu quatro concessões de exploração de petróleo, em quatro blocos da Bacia de Parnaíba, uma exploração que será feita em terra (onshore), pelas quais pagaram em prémios cerca de 22,3 milhões de reais (8,6 milhões de euros).

O Brasil é um dos principais territórios no mundo onde a Galp espera aumentar a sua presença nos próximos anos, estando no país desde 1999.

A petrolífera portuguesa participa em cerca de 20 projetos em parceria com a Petrobras, entre os quais o campo Lula, na Bacia de Santos, onde está uma das maiores reservas mundiais de petróleo no alto mar (offshore).

Em terra (onshore), a Galp opera em vários blocos nas bacias de Potiguar e de Sergipe-Alagoas.

O leilão de concessões petrolíferas no Brasil lançado na terça-feira, a que concorreram 39 empresas, arrecadou o valor recorde superior de 1.000 milhões de euros (2.800 milhões de reais), superando em quase 800% a base de licitação.

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo do Brasil (ANP), no final da 11.ª ronda, foram arrematados 142 dos 289 blocos petrolíferos a leilão, com uma extensão de mais de 100.000 quilómetros quadrados, distribuídos por 11 bacias sedimentares.

Ao todo participaram no leilão 39 empresas de 12 países, das quais 30 ganharam, sendo 12 brasileiras e 18 de origem estrangeira.

A Galp Energia foi a única empresa portuguesa que participou no leilão em consórcios com participações distintas, entre os 10% e os 50%.