A julgar pela indefinição nas bolsas, o sentimento é ainda de claro nervosismo, depois de a última sexta-feira ter sido negra para os mercados por causa do resultado do referendo britânico, já que o Brexit ganhou. O clima de incerteza parece ter vindo para ficar e isso reflete-se nas bolsas, sem sentimento definido.
A bolsa de Tóquio ainda encerrou a valoizar 2,39%, mas na Europa, as praças que recuperam estão apenas com ganhos ligeiros. Lisboa era uma delas na abertura, a valorizar 0,4% para 4.380,55 euros.
O BCP e a EDP ajudaram no arranque, com valorizações de 2,2% para 0,0184 euros e 0,4% para 2,646 euros, respetivamente. Seja como for, a partir da meia hora de transações, Lisboa estava a ameaçar inverter.
Os juros da dívida portuguesa estavam a subir a dois anos e a cair a cinco e dez anos face a sexta-feira, alinhados com os de Itália. No prazo mais longo, e que é aquele que serve de referência para dar conta do risco da dívida de um país, desciam para 3,326%, contra 3,331% na sexta-feira. A 11 de fevereiro, tinham alcançado 4,084%, um máximo desde março de 2014.
Londres: bolsa perde e libra também
Londres, a praça que concentra todas as atenções pós-referendo, recuava 0,8%, depois de na sexta-feiras, curiosamente, ter sido a que menos caiu no panorama europeu.
A propósito do Brexit, as atenções estão hoje viradas para Portugal já que arranca esta segunda-feira o Fórum do Banco Central Europeu, em Sintra. Estará cá o presidente do BCE, Mario Draghi, o presidente do Banco de Inglaterra e, também, da Reserva Federal dos EUA.
O tema da semana continuará a ser certamente o Brexit. Há várias reuniões agendadas entre os responsáveis europeus esta semana. Será o divórcio mais rápido ou mais lento? Com que impacto? É isso que os mercados estão à espera de saber.