Juros da dívida voltam a subir nos prazos mais longos - TVI

Juros da dívida voltam a subir nos prazos mais longos

Dinheiro (Reuters)

Juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a subir para 1,826%

Os juros da dívida portuguesa estavam esta quinta-feira a cair a dois anos e a subir a cinco e dez anos em relação a quarta-feira.

Segundo a Lusa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a subir para 1,826%, contra 1,815% na quarta-feira e o mínimo de sempre, de 1,560%, a 13 de março passado.

Os juros a cinco anos também estavam a subir, para 1,049%, contra 1,045% na quarta-feira e o mínimo de sempre de 0,823% a 12 de março.

Em sentido contrário, os juros a dois anos estavam a cair para 0,098%, contra 0,116% na quarta-feira e o mínimo histórico de 0,092% a 16 de março.

A 09 de março passado, o Banco Central Europeu (BCE) arrancou com um programa sem precedentes de compra de dívidas soberanas e privadas, que vai permitir injetar 60 mil milhões de euros por mês, até, pelo menos, setembro de 2016, na economia da zona euro na esperança de a redinamizar.

Os efeitos do programa fizeram sentir-se por antecipação há várias semanas nas taxas de juro das dívidas soberanas, que evoluem em sentido inverso ao da procura e têm renovado mínimos diariamente. Algumas das taxas tornaram-se negativas nos prazos mais curtos, ou seja, os investidores estão dispostos a pagar para deter estes títulos considerados muito seguros.

A 17 de maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.

O programa de ajustamento solicitado por Portugal à troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.

Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam a cair a cinco e dez anos, enquanto os de Itália estavam a subir em todos os prazos e os de Espanha estavam a descer a dois e cinco anos e a subir a dez anos.

Em relação aos juros da Grécia, estes estavam a subir a cinco anos e a subir a dez anos, para valores em torno dos 15,6% e de 10,9%, respetivamente.
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