Kepler Cheuvreux corta preço alvo da PT para 2,6 euros - TVI

Kepler Cheuvreux corta preço alvo da PT para 2,6 euros

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Analistas consideram que o investimento da PT na Rioforte tem «consequências negativas»

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A Kepler Cheuvreux (empresa independente europeia de serviços financeiros especializada em serviços de consultoria e intermediação para a indústria de gestão de investimentos) alertou que o investimento da PT em papel comercial na Rioforte (empresa pertencente ao GES) acarreta várias consequências, incluindo a exposição ao risco de incumprimento do vencimento em causa.

Posto isto, a empresa cortou o seu preço alvo da PT para 2,6 euros com uma recomendação de reduce, de 3 euros antes. As ações da PT já estiveram a valer apenas 2,42 euros.

Um dos analistas da Kepler Cheuvreux, Javier Borrachero referiu que «as perdas em caso de default poderão ser mais elevadas, dado que a Rioforte poderá não ser capaz de refinanciar o papel comercial e poderá ter de recapitalizar a dívida», isto quando as ações do BES continuam em forte queda nos últimos dias.

A Portugal Telecom informou, esta segunda-feira, que investiu 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte que vencerá em julho, não tendo sido dada ordem para estas aplicações serem renovadas.

O BES detém 10% do capital da PT sendo o maior acionista, por sua vez a PT detém 2% do BES.

Javier Borrachero, disse que «esta situação tem várias consequências negativas para a PT» pois «cria um risco de crédito potencial, já que as unidades do grupo estão financeiramente aflitas, levanta grandes questões sobre políticas de tesouraria já que a PT investiu 40% da sua posição financeira num produto arriscado».

Referiu ainda que o BES Internacional, holding superior do BES, é um fonte de risco para a PT. Esta unidade está envolvida em «alegada fraude contabilística» que vendeu papel comercial a cliente de retalho do BES com base em informação financeira enganosa e que há 5.700 milhões de doláres de empréstimos em falta da subsidiária angolana.

«O Governo angolano providenciou uma garantia de mais de 70% dos empréstimos mas é incerto quando será recuperado», continuou Javier Borrachero.
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