A praça nacional foi palco das maiores quedas na Europa. Em Lisboa, o sector financeiro foi o que mais pressionou, numa sessão marcada pela subida dos juros da dívida portuguesa e grega.
A contribuir para estes resultados estão também as previsões do Fundo Monetário Internacional, que diminuiu o crescimento económico para 0,3% este ano, valor que é menos de metade da previsão do Governo (de 0,7%), e que apontou para um aumento do desemprego para 11% ainda em 2010.
O PSI20 perdeu 2,25 por cento para 7.956,68 pontos, com 17 das 20 empresas cotadas a desvalorizarem. Foram negociadas 89,5 milhões de acções ou 260 milhões de euros. Hoje soube que o custo da dívida portuguesa está em máximos de 13 meses.
Metade das cotadas fecha a perder mais de 3%
Além disso, a Grécia admitiu activar o plano de ajuda conjunto da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de 45 mil milhões de euros, ainda antes de as negociações acabarem, daqui a duas semanas, o que levou a restante Europa a perdas entre 0,54% de Frankfurt e 2,13% de Madrid.
Por cá, a empurrar para baixo esteve a banca. O BCP, que esta quarta-feira entrou em ex-dividendo perdeu 3,87% para os 0,76 euros, o BES recuou 4,59% para os 3,72 euros e o BPI caiu 3,28% para 1,85 euros.
A negociar em ex-dividendo esteve também a Brisa. A concessionária recuou 2,56% para 5,95 euros.
Do lado da energia, a EDP escorregou 3,63% para 2,86 euros e a EDP Renováveis cedeu 4,85% para 5,47 euros, depois de ter atingido o valor mais baixo desde 28 de Janeiro de 2009, a reflectir notas de análise publicadas por casas de investimento.
Sonaecom lidera perdas
Nas telecoms, a Sonaecom afundou 5,03% para 1,47 euros. A empresa tocou hoje mínimos de mais de um ano. Também a Zon cedeu 1,72% para 3,76 euros, ao passo que a Portugal Telecom conseguiu contrariar o pessimismo ao avançar 1,99% para os 8,49 euros.
A impedir a bolsa de maiores perdas estiveram os títulos da Jerónimo Martins que somaram 4,38% para os 8,06 euros, depois de ter renovado o seu máximo histórico nos 8,31 euros.
Nos Estados Unidos, as bolsas abriram negociar em alta, a beneficiar dos bons resultados do sector bancário naquele país, com a Morgan Stanley a surpreender os investidores. Ainda assim, a esta hora, o índice industrial Dow Jones inverteu para terreno negativo.
Recorde-se que o banco de investimento norte-americano Morgan Stanley apresentou lucros respeitantes ao primeiro trimestre deste ano, que ascenderam a 1,33 mil milhões de euros contra um prejuízo de 132 milhões no mesmo período de 2009. Com este resultado, o banco une-se a outras instituições financeiras norte-americanas, como o JP Morgan Chase e o Goldman Sachs.
Também o banco norte-americano Wells Fargo alcançou um resultado líquido de 2,5 mil milhões de dólares (3,35 mil milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, batendo assim as expectativas dos analistas.
Lisboa afunda 2,2%, a maior queda na Europa
- Redação
- 21 abr 2010, 17:35
Banca foi o sector que mais pressionou o PSI20
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