Lisboa rende-se às quedas após três dias de resistência

Após três dias de ganhos, em que a praça nacional conseguiu escapar à pressão negativa da Europa, Lisboa rendeu-se ao pessimismo internacional. O PSI20 caiu 0,97% para 5.604,95 pontos.

O anúncio de suspensão do TGV fez estragos imediatos na praça nacional: a Brisa, que integrava o consórcio que iria construir o troço Poceirão/Caia, recuou 1,81% para 2,45 euros. Fora do PSI20, a Soares da Costa, que também estava no negócio, afundou 6,25% para 0,30 euros. Ontem a Brisa também anunciou uma revisão em baixa do investimento até 2014.

Entre as quedas de maior dimensão conta-se ainda o BCP, em baixa de 2,56% para 0,15 euros, acompanhado pelo BES, que recuou 1,95% para 1,46 euros.

Uma das maiores subidas coube também à Galp, de 2,05% para 13,13 euros, a acompanhar o recuo da cotação do petróleo.

Numa sessão marcada por poucas subidas em que nenhuma chegou sequer a 0,5%, as restantes notas dignas de registo são também no vermelho e vão para dois pesos pesados da praça: a PT, que desceu 0,3%, e a EDP, que deslizou 0,5%.

Lá fora, as praças europeias caíram pela quarta sessão consecutiva, em que predominaram as preocupações com o andamento da economia.

Do lado da China acumulam-se os sinais de abrandamento e na Europa, tudo aponta para um abrandamento da atividade nos serviços e indústria. A maior queda coube a Milão e foi de 1,70%, mas Madrid (-1,62%) e Paris (-1,56%) também caíram mais de 1,5%.