O Morgan Stanley, principal consultor do Facebook, está a ser notícia por ter revisto em baixa o preço das ações da rede social dias antes da sua entrada em bolsa.
«O banco decidiu com executivos do Facebook aumentar o tamanho e o preço da oferta pública inicial, ignorando recomendações de alguns cogestores», disseram fontes da agência financeira Bloomberg, citadas pela Lusa, numa referência ao aumento do número de títulos do Facebook e do seu preço unitário dias antes da entrada em bolsa, que ocorreu na sexta-feira passada.
A controvérsia está a causar polémica dado que as expectativas da rede social têm vindo a ser desfeitas. O preço inicial fixado por ação era de 38 dólares (30 euros) e encontra-se, neste momento, a cair para os 31 dólares (24 euros).
Dias antes de o Facebook ter aumentado o tamanho da entrada em bolsa, o Morgan Stanley começou a alertar os analistas para reduzirem as previsões. A consequência disto foi colocar no mercado mais ações do que as procuradas, gerando um excesso de oferta para uma procura que se veio a desgastar, dizem os analistas questionados pela imprensa americana.
«Os consultores deram cabo disto por completo», disse um analista de mercados, para quem a oferta se devia ter ficado pela metade do tamanho, o que levaria o preço das ações para os 45 dólares (36 euros), bem acima do valor atual.
Um gestor de fundos de investimento explicou que os bancos consultores da entrada em bolsa levaram a crer que a procura era extremamente forte, o que fez com que os investidores tivessem encomendado mais ações do que o esperado, deixando-os, no final de contas, com uma carteira demasiado pesada e no vermelho, devido às quedas.
Morgan Stanley defraudou expectativas na entrada do Facebook em bolsa
- Redação
- AID
- 22 mai 2012, 21:39
Grupo financeiro reviu em baixa preço das ações da maior rede social da web, desvalorizando-as
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