O Novo Banco, o 'banco bom' criado após o colapso do Banco Espirito Santo no ano passado, anunciou em comunicado que a alienação de 26,7 milhões de ações da REN resultará numa receita de 69,95 milhões de euros.
A Oliren é a 'holding' da família Oliveira, uma das fundadoras da empresa do sector dos têxteis Riopele.
As ações da REN fecharam ontem nos 2,783 euros e seguem hoje a afundar 4,7% para 2,652 euros.
"A colocação foi feita a um desconto de 5,9% face à cotação do fecho de ontem, e isso deve pôr alguma pressão negativa sobre o título no curto prazo," disse o BPI no Iberian Daily, citado pela Reuters.
"Prevemos, contudo, que a colocação aumente o limitado 'free float' de 33% para cerca de 38%, o que provavelmente impulsionará o volume médio diário, atualmente nos 1,5 milhões de ações por dia, uma das preocupações habituais da história (da REN)," vincou.
O Haitong salientou que esta provável subida do volume "é naturalmente positiva para as ações", mas realçou que a curto prazo a cotação poderá ser pressionada até ao preço da colocação.
O BPI adiantou que a venda pelo Novo Banco foi provavelmente feita no contexto de um "empréstimo problemático à Oliren, e portanto a decisão de vender não deverá ter sido inteiramente motivada pelos (fatores) específicos da REN".
Os principais acionistas da REN são a State Grid of China e a Oman Oil, com quotas de 25% e 15%, respetivamente.
Segundo o website da REN, a 31 de Outubro, a seguradora Fidelidade tinha uma participação de 5,3%, enquanto a EDP
A EDP e a espanhola Red Electrica tinham 5% cada.