O que diz o mercado da OPA lançada ao BPI - TVI

O que diz o mercado da OPA lançada ao BPI

Fernando Ulrich (Lusa/Mário Cruz)

Casa de investimento Macquaire vê oferta como «positiva», uma vez que vem resolver os vários desafios que o banco enfrenta, tais como o aperto das regras europeias para a exposição a Angola e a fraqueza de base de capital

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O Macquarie vê a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo espanhol CaixaBank ao BPI como positiva, uma vez que vem resolver os vários desafios que o segundo maior banco português cotado enfrenta, como o aperto das regras europeias para a exposição a Angola e a fraqueza da base de capital.

Na sequência desta Oferta Pública de Aquisição (OPA), a casa de investimento reviu em alta a recomendação do BPI para Neutral de Underperform.

O espanhol CaixaBank lançou uma OPA sobre a totalidade do capital do BPI, no qual já é o maior acionista, oferecendo 1,329 euros por ação, uma operação que reforçará a posição do BPI na corrida pela compra do Novo Banco (NB).

Este preço incorpora um prémio de 27% em relação ao fecho da sessão anterior e o sucesso da operação está dependente do apoio de pelo menos 50% dos acionistas do banco, onde o Grupo La Caixa detém uma participação de 44,1%.

Os outros grandes acionistas do BPI são a Santoro Finance, da empresária angolana Isabel dos Santos, com 18,6%, e o grupo Allianz, que detém 8,4%.

«A nossa posição negativa no BPI tem sido suportada na visão de um outlook operacional fraco e pressão sobre a posição de capital», referiu esta casa de investimento, citada pela Reuters.

«Esta postura mantém-se inalterada, mas é claro que a oferta do CaixaBank coloca um patamar significativo no preço da ação (assumindo que a oferta vai em frente nos próximos meses). Por isso subimos o BPI de Underperform para Neutral», frisou.

O BPI enfrenta um crucial desafio estratégico após o aperto das regras europeias para a exposição a Angola e estava sob pressão para abdicar do controlo do rentável Banco Fomento Angola (BFA) e jogar forte na compra do NB para relançar os resultados em Portugal.

«Com a valorização implícita do TNAV de 0,9 vezes, o consensus estimado para os resultados de 2016, de cerca de 9,5 vezes, não parece muito agressivo, pelo que pensamos que a Oferta possa ser vista de forma positiva, tendo em conta os desafios autónomos que o BPI enfrenta», frisou.

As ações do BPI encerraram a sessão desta quarta-feira a descer 0,3% para 3,35 euros.
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