Perdão de dívida grega: adesão vai nos 58% - TVI

Perdão de dívida grega: adesão vai nos 58%

Grécia

País precisa de, pelo menos, 75%, para que o plano não caia por terra. Mas o ideal eram 90%

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Até agora, 30 instituições confirmaram que vão participar no programa de troca de obrigações soberanas gregas. A adesão dos credores privados ao perdão da dívida do país ronda agora os 58% do valor total da dívida elegível, revela a Bloomberg com base nos anúncios feitos pelos bancos, seguradoras e gestoras de fundos de investimento. Esta percentagem representa 120 mil milhões de euros.

A última confirmação oficial das participações foi divulgada pelo Instituto de Finanças Internacional (FII na sigla do inglês), que representou os credores privados nas negociações com Atenas, e apontava para 39% de adesão.

Mas muitos dos bancos que anunciaram a sua participação ainda não a confirmaram oficialmente. Por exemplo, em Portugal, o BPI e o BCP anunciaram já a sua participação e a CGD também deverá participar. O BES não detém dívida grega.

Da lista oficial do IIF não consta nenhum banco português: As instituições que já confirmaram a sua adesão ao programa são: Ageas, Allianz, Alpha Bank, Axa, Banque Postale, BBVA, BNP Paribas, CNP Assurances, Commerzbank, Crédit Agricole, Crédit Foncier, Deka Bank, Deutsche Bank, Dexia, Emporiki Bank of Greece, Eurobank EFG, Generali, Greylock Capital Management, Groupama, HSBC, ING, Intesa San Paolo, KBC, Marfin Popular Bank, Metlife, National Bank of Greece, Piraeus Bank, Royal Bank of Scotland, Société Générale e Unicredit.

O acordo alcançado prevê o perdão de 53,5% da dívida nas mãos dos privados, em termos nominais, o que corresponde a perdas de 70% em termos reais. Os credores privados detêm cerca de 200 mil milhões de euros de dívida pública e o perdão deverá ultrapassar os 100 mil milhões. A adesão oficial verificada até agora representa pouco mais de 81 mil milhões.

Recorde-se que o prazo para aderir termina esta quinta-feira, dia 8 de Março. Para que as cláusulas de ação coletiva possam ser ativadas e o programa de troca de obrigações possa ser implementado, aplicando as mesmas condições a todos os credores, é necessário que pelo menos cerca de 75% dos credores adira. A Grécia tem-se manifestado otimista em atingir os 90% que traçou como meta. Se a adesão ficar abaixo dos 75%, o plano é cancelado. Mas se ficar entre os 75 e os 90%, Atenas vai renegociar com o IIF uma forma de preencher o gap.

Esta quarta-feira, Durão Barroso enviou uma carta ao primeiro-ministro grego Lucas Papademos para que conclua as medidas prévias necessárias para a concessão do novo resgate financeiro à Grécia.
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