Petróleo arrasta bolsas mas Lisboa resiste - TVI

Petróleo arrasta bolsas mas Lisboa resiste

O barril de brent caiu 4,1% para 30,86 dólares, depois da recuperação do final da semana passada. Bolsas europeias fecharam no vermelho, mas Lisboa foi exceção

O petróleo voltou a marcar o dia nos mercados, esta segunda-feira,  com a queda do Brent em mais de 4%, para 30,86 dólares por barril, a reflectir-se nas principais bolsas. O petróleo corrigiu da valorização de 20% que ocorreu no final da semana passada, aliviando dos mínimos de mais de 12 anos, depois do Banco Central Europeu ter admitido anunciar novos estímulos monetários no próxmo mês de março.

As principais bolsas europeias fecharam em queda, com Milão e Madrid a perder 2,03%, o índice Eurostoxx 50 1,12%, a bolsa de Londres 0,61% e a bolsa de Paris 0,58%.
 

Lisboa resiste e fecha a ganhar 0,28%

 
Lisboa foi a exceção na Europa e conseguiu fechar, esta segunda-feira, em terreno ligeiramente positivo, com ganhos de 0,28%.  O Índice PSI 20 foi puxado pelo desempenho de alguns dos pesos pesados, como, por exemplo, a Jerónimo Martins e Galp.

A Jerónimo Martins subiu 3,22%, apesar do ministro das Finanças polaco ter anunciado a taxa extraordinária a aplicar aos retalhistas no país. A empresa portuguesa que é dona da Biedronka, a maior retalhista do país, não vai deixar de ser afetada, mas a taxa anunciada ficou abaixo do que se esperava, vai aplicar-se de forma progressiva e variará entre 0,7% e 1,3% das vendas.

A contribuir para o desempenho positivo do PSI 20 esteve também a Galp, com ganhos ligeiros de 0,406%, depois de ter anunciado dados preliminares relativos ao quatro trimestre de 2015. O volume de petróleo processado aumentou 4,2% nos últimos quatro meses do ano e a margem de refinação melhorou para quatro dólares por barril (2,9 dólares no periodo homólogo de 2014).

Com sinal negativo, o destaque desta segunda-feira vai para a Pharol, que perdeu 3,347%, penalizada pelo conflito aberto entre a sua participada Oi  e Isabel dos Santos acerca da oferta de compra de parte do Banco de Fomento de Angola.

O Millennium BCP também recuou, 0,8%, depois do parlamento polaco ter aprovado uma taxa sobre o sistema financeiro, que vai penalizar a filial do banco português na Polónia.
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