Portugal tem de decidir «rápido» se quer ajuda - TVI

Portugal tem de decidir «rápido» se quer ajuda

José Sócrates e Teixeira dos Santos

Áustria pede para país olhar para exemplos grego e irlandês e não se atrasar

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Portugal tem de decidir rapidamente se pede ajuda ao Fundo Europeu de Estabilização.

«O meu aviso para Portugal é que olhe para a Grécia e a Irlanda e não se atrase. Tome a decisão rapidamente: sim ou não», disse o ministro austríaco das Finanças, citado pela edição on-line desta sexta-feira do jornal «Financial Times», no dia da cimeira europeia para discutir as dívidas soberanas.

Sócrates prometeu apresentar a Bruxelas uma «consolidação orçamental sem falhas».

Mas a Áustria repete os avisos. Estamos a falar de um dos países que tem dado prioridade à disciplina fiscal para resolver a crise da dívida soberana, pedindo condições mais duras para ajudar os países em dificuldades.

«Não é uma questão de bons países no Norte e maus no Sul», afirmou Josef Pröll. «Esta é uma crise da dívida soberana em alguns países» e «os mercados não confiam na vontade ou capacidade dos políticos de alguns países e, por isso, querem mais disciplina».

Admitindo que os governos da Zona Euro não podem forçar Portugal a aceitar ajuda do Fundo Europeu de 440 mil milhões euros, o ministro austríaco sublinhou que Lisboa tem pago um custo muito elevado para conseguir financiar-se no mercado.

« Se os números em Portugal mostram que não se pode refinanciar o país nos próximos anos sem ajuda, deve procurar o chapéu do Fundo de Estabilização Europeu. Mas, como disse, não podemos forçar», cita a Lusa.

A divisão entre países como a Áustria, a Alemanha, a Finlândia e a Holanda e os países mais fracos da Zona Euro tem aumentado, ameaçando os esforços para haver acordo sobre as reformas a fazer para enfrentar a crise.

A reunião de hoje pode ser decisiva para acalmar o nervosismo dos investidores financeiros que continuam muito desconfiados da capacidade de países como Portugal para pagar a sua dívida pública.

Espera-se que os 17 cheguem a um «acordo político» sobre um pacto para a zona euro para melhorar a coordenação da política económica entre os países da moeda única.

Certo é que teremos de esperar para ver. As decisões finais só serão aprovadas quando os 27 líderes da União Europeia (UE) se voltarem a reunir a 24 e 25 de Março.
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